Presidente do Ipea critica as privatizações do governo FHC

“O Estado se tornou incapaz de mudar uma realidade, tornou-se incapaz de cumprir funções básicas no campo social e em vários outros pontos”. Essa foi a crítica feita hoje (10) pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio P

Pochmann propôs um novo padrão civilizatório como forma de combater as injustiças sociais e destaca o papel fundamental para esse padrão. “Ao contrário do que se imagina, a construção de uma nova civilização contemporânea, com expansão econômica, vai pressupor um fundo público maior do que temos hoje. Do contrário, conviveremos crescentemente com sinais de barbárie, com concentração econômica e de poder”, avaliou o economista da Fundação Getulio Vargas e que já ocupou a pasta do Planejamento na cidade de São Paulo, no governo de Marta Suplicy.


 


O presidente do Ipea ressaltou que prevaleceu nos governos da década de 90 o mito de que o Estado fazia oposição ao mercado. “E era um mito realmente. Como se pode ver uma oposição entre Estado e mercado se as duas instituições operam em convergência?”, questionou Pochmann, durante o seminário Desenvolvimento Econômico: Crescimento com Distribuição de Renda, que comemora 200 anos do Ministério da Fazenda.


 


Pochmann também criticou o sistema tributário brasileiro que não contempla a progressividade e maneira efetiva. “Os mais pobres, proporcionalmente à renda, acabam mesmo pagando mais impostos que os ricos”, destacou.



Fonte: Agência Brasil