RJ: violência pode dar fim à ocupação contra vagas na Uerj

Na noite da última quarta-feira (10), alunos liderados pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) ocuparam, no Rio de Janeiro, a reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Na pauta o cancelamento do vestibular, previsto para este doming

Agora à noite, oficiais da Justiça entregaram ao DCE uma liminar para reintegração de posse.A informação da liminar foi passada pela assesoria de imprensa da associação de docentes da Uerj.


 


A liminar permite o uso de força, caso os alunos não deixem a reitoria por bem. O nome dos integrantes do DCE são citados nominalmente, e eles correm o risco de pagar multa de R$ 500 por dia em que permanecerem na reitoria. Os alunos realizam uma assembléia neste momento para decidir os rumos da ocupação.


 


Outra reivindicação da ocupação é que a universidade receba o valor integral do repassa do governo prometido à instituição, que é de aproximadamente R$ 2,2 milhões – o correspondente a 6% do PIB do estado – atualmente a Uerj recebe cerca de 1,6 milhões, segundo a univerisdade.


 


A assessoria dos docentes reiterou que a greve dos professores terá mesmo início na segunda-feira e não haverá qualquer renegociação. Por outro lado, a assesoria de imprensa da Uerj afirmou que os diretores das unidades acadêmicas se reuniram com a reitora e garantiram a realização das aulas, mesmo que não possam interferir na decisão de greve dos professores. Além disso, a Uerj garante que o vestibular de domingo será realizado.


 


“Os diretores das unidades não podem impedir que os professores entrem em greve. Não há legitimidade nisso. O que acontece é uma pressão patronal para acuar os professores. Patrões não podem decidir pelos funcionários. Somente a associação, que é a representação sindical dos docentes, pode tomar essa decisão”, esclareceu a assessoria da associação. 


 


A Uerj foi a primeira universidade no país a aprovar a reserva de vagas, com cotas raciais, nas univerisdades públicas para estudantes oriundos de escolas públicas. A rica experiência na Uerj, demonstrou, com inúmeros levantamentos, que o rendimento acadêmico dos cotistas era igual ou superior aos dos não cotistas, impulsinando a adesão de outras universidades pelas cotas. 


 


No período, a atual ministra do governo Lula, Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, era reitora da universidade. Ela assinou um amnifestou com outros ex-reitores criticando a ação coorporativa dos que tem universidade pública contra os que não tem.


 


Ex-reitores declaram apoio à reitoria


 


Cinco ex-reitores da Uerjlançaram um manifesto declarando total solidariedade com a atual reitoria. Eles manifestaram também preocupação com a intenção dos estudantes de impedir a primeira fase do vestibular programado para este domingo.


 


“Em nome dos objetivos maiores que unem a todos que, no passado e no presente, acreditam na Uerj, apelamos para que sejam garantidas as condições de realização do Exame de Qualificação do vestibular, no dia 14 de setembro próximo”, declararam os ex-reitores no manifesto, segundo nota divulgada pela assessoria da universidade.



 
Na nota, os ex-reitores lembram que a Uerj é um patrimônio do estado do Rio de Janeiro edificado por muitas mãos e que os concursos vestibulares da nossa Universidade foram sempre exemplares e motivo de orgulho para todos nós”.


 


Assinam o manifesto os professores Ivo Barbieri, Hésio Cordeiro, Antônio Celso Alves Pereira, Nilcéa Freire e Nival Nunes de Almeida. Parte superior do formulário.