Greve de professores na Uerj paralisa metade da universidade
Os professores da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) entraram em greve, nesta segunda-feira (15), por tempo indeterminado. Nesta terça, será a vez dos profissionais técnico-administrativos. Eles farão uma paralisação de 48 horas. De acordo com
Publicado 15/09/2008 20:15
“Alguns professores comparecem, outros não. Os diretores das graduações não tem o poder de proibir a greve nem de obrigar os professores que aderiram ao protesto a dar aulas”, explica Sandra Galvão, assessora de Comunicação da Uerj.
Segundo Sandra Galvão, o número de alunos que compareceu à universidade na segunda, pela manhã, foi alto. Cursos como biologia, física e enfermagem não aderiram a greve. Segundo os professores, a paralisação acontece por causa da falta de reajuste salarial.
Os professores e os profissionais da Universidade reivindicam melhorias salariais e o cumprimento da Constituição Estadual que destina o percentual de, no mínimo, 6% da Receita Tributária Líquida prevista e descumprida pelo governador Sérgio Cabral (PMDB).
Na quinta, acontecerá uma assembléia conjunta para decidir o rumo da paralisação. A informação é de que a greve continue. A Universidade ainda enfrenta a ocupação da reitoria. Cerca de cem estudantes continuam, desde o dia 10, acampados no local.
Segundo os próprios alunos, não há previsão para a desocupação. Além dos 6% de investimento, os alunos querem assistência estudantil (alojamento, creche, etc.) e início imediato das obras do bandejão (restaurante universitário).
Vestibular aconteceu normalmente
Neste domingo (14), mais de 5 mil alunos fizeram as provas do Vestibular Estadual 2009, no campus Maracanã da Universidade de Estado do Rio de Janeiro. O concurso ocorreu sem incidentes em todos os campi da Universidade, apesar da ocupação das instalações da reitoria.
De acordo com a comissão organizadora do Vestibular, dos 62.885 inscritos nos exames, 6.248 faltaram, o equivalente a 9,94%. As inscrições para o exame discursivo começam no próximo dia 18 de setembro.
Segundo a reitora em exercício, Christina Maioli, correu tudo dentro do esperado na entrada dos vestibulandos para a prova. Maioli afirmou que a reitoria ainda não recebeu a pauta oficial de negociação dos estudantes, com as reivindicações.
“Espero que eles formalizem essas questões, porque muitas delas exigem estudo e planejamento e não podem ser executadas imediatamente”.