Jobim X Jobim na CPI dos Grampos
Na condição de testemunha, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, depõe nesta quarta (17) na Comissão Parlamentar de Inquérito das Escutas Telefônicas, a CPI dos Grampos, onde é aguardado com expectativa por parlamentares que querem colocá-lo em situação de
Publicado 16/09/2008 16:47
Nelson Jobim disse que os equipamentos adquiridos pela Abin foram comprados nos Estados Unidos com os serviços de uma comissão do Exército. Ele deu essa informação ao presidente Lula logo após o episódio envolvendo o presidente do STF.
Em depoimento à CPI no dia 2 de setembro, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Jorge Félix, indagado pelo presidente da comissão, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), se a Abin possuía esse tipo de equipamento, o militar foi enfático: não. “Esta é uma preocupação nossa desde o início do governo: fazer com que a Abin se restrinja rigorosamente àquilo que a lei permite que ela faça”, disse Félix lembrando que o órgão não faz escutas.
Um parecer do Exército diz ser pequena as chances do equipamento efetuar escutas telefônicas, o que complicou a situação do ministro da Defesa. Um laudo definitivo sobre o assunto está sendo feito pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC).
A presença do ministro na CPI era aguardada na semana passada, mas ele alegou uma crise alérgica para adiar seu depoimento. No requerimento de convocação, Marcelo Itagiba e o relator da CPI, Nelson Pellegrino (PT-BA), confirmam que o principal questionamento a ser feito ao ministro é sobre ''a compra de equipamentos de escuta telefônica realizada pela Abin em conjunto com as Forças Armadas.”
Segundo a Secretaria da CPI, a reunião será aberta, embora não esteja descartado que os parlamentares decidam ouvir o ministro a portas fechadas.
De Brasília,
Iram Alfaia