RJ: MST rebate acusação de envolvimento com o narcotráfico
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) negou as acusações da deputada estadual Marina Maggessi (PPS-RJ) de que integrantes do movimento estariam envolvidos com o tráfico na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Segundo o MST, não há qualquer
Publicado 24/09/2008 21:35
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das milícias da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), Marina Maggessi afirmou que atualmente se preocupa mais com a presença de integrantes do movimento no local do que com a questão da milícia no estado do Rio de Janeiro.
Deputada “irresponsável” e “leviana”
“A deputada Maggessi, ao associar a luta pela reforma agrária com o crime organizado, transforma uma fratura social histórica em questão de polícia e atende os interesses mais reacionários da sociedade, o latifúndio e o agronegócio. Somos um movimento social de trabalhadores rurais que luta por justiça social e pela reforma agrária, como determina a Constituição de 1988. Defendemos os direitos humanos e reprovamos atos contrários à vida”, diz a nota.
Quanto ao ex-líder do movimento José Rainha Junior, que teria participado da posse de líderes comunitários na favela, a nota alega que ele e os integrantes de seu grupo não participam atualmente de nenhuma instância de coordenação nacional, estadual ou local. “As articulações, pronunciamentos públicos e entrevistas na mídia dos envolvidos não são da responsabilidade do MST”, diz o texto.
Marina foi convocada pela CPI das milícias por ter sido citada, pelo vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras (DEM), em seu depoimento à comissão. Nadinho é suspeito de chefiar uma milícia nesta comunidade. Magessi confirmou que foi à comunidade em 2006 para o aniversário do inspetor de polícia Félix Tostes, assassinado em fevereiro do ano passado.
No Paraná, MST ocupa pedágio contra o tráfico
Na semana passada, cerca de 500 integrantes do MST realizam uma mobilização no pedágio de São Miguel do Iguaçu, na região oeste do Paraná, para denunciar a impunidade do tráfico de drogas. Segundo o MST, há mais de um ano a criminalidade ameaça as 80 famílias do assentamento Antonio Tavares.
Ainda de acordo com o movimento, as famílias afirmam que o local pode voltar a ser usado por traficantes da região, pois a apreensão de drogas realizada pela Polícia Federal em 1° de setembro de 2007 não solucionou totalmente a questão e ninguém foi preso. A área que faz divisa com o lago de Itaipú seria usada por traficantes, que aliciaram alguns assentados e parentes a estocar maconha no local.