Estudantes rechaçam câmeras na Faculdade de Direito da USP

Uma votação agitou nesta quinta-feira (25) as arcadas da tradicional Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo de São Francisco, no centro da capital. Em pauta, a possível instalação de câmeras e catracas eletrônicas nos

A votação seria feita pelo Conselho Técnico de Segurança, composto por nove chefes de departamento, um representante dos funcionários, um representante dos alunos e o diretor da faculdade, João Grandino Rodas.


 


Rodas é conhecido pela sua truculência e intolerância para com os movimentos sociais na USP. Em 23 agosto deste ano, o diretor chamou a Tropa de Choque para expulsar uma ocupação de 24 horas pela educação pública, promovida pela UNE e o MST, que acontecia na Faculdade de Direito. No dia seguinte, o diretor fechou a faculdade em função dos protestos a Tropa de Choque dos movimentos.    


 


Antes da votação do Conselho de Segurança, porém, cerca de 80 alunos se manifestaram contra as medidas. Com isso, foi criada nova comissão, formada por três alunos, três professores e três funcionários, presidida pelo professor aposentado Dalmo Dallari. Já foi decidido que não haverá câmeras no prédio principal. A comissão vai analisar a instalação de equipamentos nos outros dois prédios.


 


“Os mecanismos vão diminuir a incidência de roubos e furtos. Já existe esse controle em outras unidades da USP”, diz Rodas. A pedido dos alunos, as faculdades de Odontologia, na Cidade Universitária, e de Medicina, em Pinheiros, instalaram catracas e câmeras. “Os estudantes querem aumento e treinamento dos vigilantes”, diz Carolina Dalla Pacce, representante dos alunos no Conselho de Segurança.


 


Fonte: Da redação, com informções do Estadão