Governo nega 'aumento salarial' a rainha da Inglaterra

O governo britânico recusou nesta sexta-feira (26) um pedido da Rainha Elisabeth II, que queria mais dinheiro para os gastos da família real e para a “manutenção” dos seus inúmeros palácios e residências.

Segundo o jornal Evening Standard, os responsáveis pelas finanças da monarca solicitaram mais “uns milhões” para evitar que a monarquia entre em “crise econômica-financeira” lá para o ano de 2011, mas o Tesouro britânico disse “não”, justificando que a crise “toca a todos”.



Os representantes da Rainha alegam que o aumento de preços dos combustíveis e dos alimentos, bem como o “agravamento” de salários, fizeram disparar os gastos da chamada “lista civil”, que financia as atividades oficiais dos membros mais destacados da família real.



Segundo representantes do “sangue azul” britânico, a rainha precisa de “apenas” 15 milhões de libras (18.9 milhões de euros) que serão investidos nas suas “propriedades” e mais 7,9 milhões (quase 10 milhões de euros), para a “lista civil”.



No ano passado, Elisabeth II gastou 16,62 milhões de euros, tendo recebido “somente” 10,34 milhões. Em 2008, calcula-se que o déficit aumentará para 8,51 milhões.



Nos bastidores do governo trabalhista murmura-se com raiva que a Rainha está em melhores condições para apertar o cinto do que a grande maioria dos súditos. Calcula-se que Elisabeth II tem à sua disposição uma fortuna de mais de 9 bilhões de euros.


 


O Ministério da Cultura, Meios de Comunicação e Esportes, que decide o financiamento dos gastos da monarquia, viu a fatura da rainha atingir no ano passado o montante de 40 milhões de libras (50,4 milhões de euros).



A postura da monarca foi criticada em vários círculos políticos, que apontaram abusos de dinheiro gasto pela Família Real em viagens. Alguns deputados da esquerda britânica pediram, na Câmara dos Comuns, uma auditoria nos gastos da realeza.