RJ: após 26h de tortura, sindicalista seqüestrado é solto
O presidente da NCST-RJ (Nova Central Sindical dos Trabalhadores do Rio de Janeiro) e diretor jurídico do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José da Silva, seqüestrado no dia 24, reapareceu no começo da noite do dia 25. Sebastião foi torturado por quase
Publicado 26/09/2008 18:58
Quando saía da sede do sindicato, na cpaital fluminense, Sebastião foi abordado por um homem que se identificou como policial e disse que o levaria para a delegacia. No carro, mais três homens o puxaram para dentro, quando foi encapuzado e amarrado.
Segundo informações apuradas, Sebastião acredita ter ficado em um galpão, onde apanhou dos quatro homens. O sindicalista ficou com diversas marcas pelo corpo e na cabeça. Uma corda foi usada para enforcá-lo. No pulso também há marcas da corda que o amarrava.
Assim que a notícia do seqüestro correu, membros da oposição sindical dos rodoviários começaram a denunciar o caso. No dia 25, cerca de 200 rodoviários estiveram em frente ao Tribunal Regional de Trabalho (TRT) do Rio para denunciar o golpe eleitoral e o seqüestro do líder da oposição rodoviária.
Segundo Sebastião, um outro grupo foi buscá-lo dizendo que iria matá-lo. No caminho, na subida do viaduto de Coelho Neto, os bandidos retiraram o saco de sua cabeça e reduziram a velocidade. Foi quando ele pulou do carro em movimento. Ainda com as mãos amarradas, ele pegou um táxi e foi para casa. “Acho que eles facilitaram por causa da pressão”, disse Sebastião ao chegar na 6ª DP (Cidade Nova), onde prestou depoimento.
O sindicalista ainda estava muito tonto pela falta de remédios para o coração – ele usa um marcapasso cardíaco. Dirigentes sindicais pediram rigor nas investigações ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.
Sebastião integra a chapa de oposição ao Sindicato dos Rodoviários. A última eleição foi suspensa pela justiça por conta de fraudes. Agora, tanto o Ministério do Trabalho quanto do Ministério Público acompanham o processo. A nova data será marcada pela justiça.
Fonte: Vermelho-RJ