Bush busca apoio para socorro ao setor financeiro

Em seu programa de rádio, o presidente dos EUA pediu que a população compreenda a necessidade de apoio ao sistema financeiro do país. Pesquisas indicam que a maioria é contrária ao socorro de US$ 700 bilhões idealizado pelo governo.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu neste sábado (27) em seu programa semanal de rádio que os americanos compreendam a necessidade de apoio ao sistema financeiro do país. Pesquisas indicam que a maioria da população é contrária o pacote de socorro idealizado pelo governo. Atrás nas pesquisas para a Presidência da República, os republicanos – partido de Bush – recusam-se a votar a favor das medidas.



“Sei que muitos de vocês estão frustrados com a situação. Vocês fazem sacrifícios para pagar suas hipotecas e manter suas contas em dia. Quando o governo pede a vocês para pagar pelos erros de Wall Street, isso não parece justo. Se fosse possível deixar as empresas responsáveis de Wall Street falirem sem afetar vocês e suas famílias, eu faria isso”, argumentou Bush.



Tentando mostrar que o pacote de ajuda é essencial, Bush afirmou que a falência do sistema financeiro tratá dificuldades para muitos cidadãos norte-americanos. “Levaria os bancos a não emprestarem mais dinheiro para outros bancos, para empresários e consumidores. Isso tornaria mais difícil, para vocês, obter empréstimos ou pegar dinheiro emprestado para expandir um negócio”, ponderou Bush. “O resultado disso seria um menor crescimento econômico e mais empregos perdidos. E isso colocaria nossa economia na direção de uma profunda e dolorosa recessão”, explicou.



Parlamentares republicanos e democratas continuam reunidos, neste final de semana, na tentativa de um consenso quanto ao pacote de ajuda ao setor financeiro. Na última quinta-feira (25), o assunto foi discutido na Casa Branca por Bush e pelos pré-candidatos à Presidência dos Estados Unidos – o democrata Barack Obama e o republicano John McCain – com líderes dos dois partidos. A reunião terminou sem acordo. Ontem (26), durante o primeiro debate, Obama e McCain defenderam a necessidade de consenso.