Professores e bancários em greve no Distrito Federal
Os professores e os bancários entraram em greve nesta terça-feira (30) no Distrito Federal. A greve dos bancários é por tempo indeterminado e faz parte de uma mobilização nacional, já os professores fazem uma greve de advertência de 48 horas para tenta
Publicado 30/09/2008 15:49
As ameaças do governador José Roberto Arruda (DEM) de cortar o ponto como falta injustificada nesta terça e quarta-feira, não impediram o movimento. O Sindicato dos Professores promoveu uma aula pública, na manhã desta terça-feira, na Praça do Povo, onde compareceram um número grande professores. Amanhã, eles farão assembléia no Buritinga – sede do governo do DF.
Berenice D´arc Jacinto, diretora de imprensa do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF), explicou que a categoria vem negociando com o GDF desde 1o de março, quando o plano de carreira foi sancionado pelo governador, para a sua imediata implantação.
A principal reivindicação dos professores é de reajuste salarial mínimo de 19.98% do Fundo Constitucional que o Governo do Distrito federal (GDF) recebe do governo federal ou os 25% da pauta de reivindicações da categoria.
“A categoria optou por uma greve de advertência de 48 horas em assembléia geral porque no decorrer deste ano tentamos negociar pontos pendentes de nossa campanha salarial e a regulamentação do nosso Plano de Carreira e não avançamos em nada”, explicou ela, enfatizando que “o governo não tem tornado prática o que negocia com a categoria.”
“Não aceitaremos calote”, dizem os professores, na aula pública que reuniu cerca de 200 professores no Setor Comercial Sul, área de maior movimentação em Brasília. Os professores atraíram atenção dos passantes com realização de atividades culturais e apresentação de projetos que são realizados nas escolas como o de reaproveitamento de material reciclado e experiências de física.
Todas as agências
Os bancários do Distrito Federal paralisaram as atividades por tempo indeterminado. De acordo com informações do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, a greve atinge todas as agências bancárias, mas os serviços de auto-atendimento funcionam normalmente.
Entre as reivindicações da categoria estão reposição salarial de 13%, que corresponde a inflação, mais aumento salarial real de 5%, pagamento de participação nos lucros, definição de plano de carreira e aumento do piso de R$921 para R$1.497. Eles querem ainda a ampliação do horário de atendimento das 9h até as 17h e contratação de mais funcionários.
Na semana passada, durante assembléia, os bancários do DF rejeitaram proposta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para reajustar em 7,5% os salários e outras vantagens a partir deste mês, data-base da categoria.
De Brasília
Márcia Xavier