Presidente ucraniano tenta conciliar tensões no parlamento
O presidente ucraniano, Viktor Iuchtchenko, decide nesta quarta-feira (7) o futuro do parlamento da sexta legislatura, que entrou em uma nova crise política depois da ruptura, há um mês, da coalizão dirigente.
Publicado 08/10/2008 15:35
Até a data, com um prazo de 30 dias, as principais forças políticas representadas no Conselho Supremo (Verhovna Rada) não conseguiram marcar um acordo para a recomposição da aliança de maioria parlamentar.
Iuchtchenko, a julgar pelo Bloco de sua aliada Yulia Timoshenko, nega-se a conciliar com este agrupamento, mas também não atrai para o diálogo as outras formações afins.
Depois de uma agitada sessão no Conselho Supremo, com um nervosismo à vista, o presidente fixou para esta quarta-feira as consultas sobre a dissolução do legislativo, segundo informou a porta-voz de imprensa, Irina Vannikova.
Iuchtchenko convidou para as negociações o titular da Rada, Arseni Yaseniuk, os dois vice-presidentes e líderes de cinco frações parlamentares.
A coalizão formada entre Nossa Ucrânia-Autodefesa Popular, do meio presidencial, e o Bloco de Timoshenko, teve uma existência efêmera de menos de dois anos e surgiu também no calor de uma crise política.
O deputado Boris Tarasiuk, do bloco pró-governamental Nossa Ucrânia-Autodefesa Popular, considerou que “foi um erro a saída de seu agrupamento da coalizão laranja” e pediu que sejam prosseguidas as consultas.
Disse que a aliança se formou em primeiro lugar graças ao voto popular e os políticos devem respeitar essa vontade dos cidadãos.
Em sua opinião, 70,6% dos ucranianos recusam a antecipação de eleições parlamentares para o Conselho Supremo.
“Significa”, ressaltou, “que na sociedade se acumulou um cansaço pela instabilidade política, a qual sempre é resolvida com eleições adiantadas”, sentenciou.