Presidente ucraniano tenta conciliar tensões no parlamento

O presidente ucraniano, Viktor Iuchtchenko, decide nesta quarta-feira (7) o futuro do parlamento da sexta legislatura, que entrou em uma nova crise política depois da ruptura, há um mês, da coalizão dirigente.

Até a data, com um prazo de 30 dias, as principais forças políticas representadas no Conselho Supremo (Verhovna Rada) não conseguiram marcar um acordo para a recomposição da aliança de maioria parlamentar.



Iuchtchenko, a julgar pelo Bloco de sua aliada Yulia Timoshenko, nega-se a conciliar com este agrupamento, mas também não atrai para o diálogo as outras formações afins.



Depois de uma agitada sessão no Conselho Supremo, com um nervosismo à vista, o presidente fixou para esta quarta-feira as consultas sobre a dissolução do legislativo, segundo informou a porta-voz de imprensa, Irina Vannikova.



Iuchtchenko convidou para as negociações o titular da Rada, Arseni Yaseniuk, os dois vice-presidentes e líderes de cinco frações parlamentares.



A coalizão formada entre Nossa Ucrânia-Autodefesa Popular, do meio presidencial, e o Bloco de Timoshenko, teve uma existência efêmera de menos de dois anos e surgiu também no calor de uma crise política.



O deputado Boris Tarasiuk, do bloco pró-governamental Nossa Ucrânia-Autodefesa Popular, considerou que “foi um erro a saída de seu agrupamento da coalizão laranja” e pediu que sejam prosseguidas as consultas.



Disse que a aliança se formou em primeiro lugar graças ao voto popular e os políticos devem respeitar essa vontade dos cidadãos.



Em sua opinião, 70,6% dos ucranianos recusam a antecipação de eleições parlamentares para o Conselho Supremo.



“Significa”, ressaltou, “que na sociedade se acumulou um cansaço pela instabilidade política, a qual sempre é resolvida com eleições adiantadas”, sentenciou.