PT quer dividir com PMDB o comando do Congresso Nacional
Em meio às articulações de integrantes do PMDB para lançar candidato próprio à presidência do Senado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu em conversa com a cúpula do PMDB nesta quarta-feira a escolha de um candidato do PT para presidir a Ca
Publicado 09/10/2008 16:25
A Folha Online apurou que integrantes do PMDB sinalizaram a Lula que o acordo firmado com o PT para a presidência da Câmara não garante, automaticamente, que o partido do presidente fique com o comando do Senado.
Pelo acordo, fechado no final de 2006, o PMDB apoiou a candidatura do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara. Em contrapartida, os peemedebistas estabeleceram que o PT deve apoiar o nome de Temer em 2009.
Pela tradição do Congresso, os partidos com as maiores bancadas na Câmara e no Senado devem indicar os nomes para presidir as Casas. Como o PMDB reúne as maiores bancadas tanto na Câmara quanto no Senado, os petistas esperam ficar com o comando de uma delas. Senadores do PMDB argumentam, porém, que no Senado a correlação de forças com a oposição é diferente.
A Folha Online apurou que os peemedebistas estão dispostos a apoiar um nome de PT se ele for consensual entre os diversos partidos da Casa Legislativa, mas não descartam a candidatura própria caso a oposição ameace entrar na disputa para derrubar o nome petista.
Lula disse aos peemedebistas que pretende manter-se neutro na disputa, mas não escondeu sua preferência pela eleição do senador Tião Viana (PT-AC) –nome articulado pelo PT para presidir o Senado. O presidente trabalha pela unidade na base aliada governista, já com vistas às eleições presidenciais de 2010.
Um grupo de senadores peemedebistas não descarta lançar a candidatura do ministro Hélio Costa (Comunicações) à presidência do Senado, com o seu retorno à Casa Legislativa. O nome do senador José Sarney (PMDB-AP) também é cotado para disputa, embora ele negue publicamente disposição em entrar na corrida pela presidência do Senado.
Os petistas, por sua vez, não estão dispostos a abrir mão da presidência do Senado –mesmo com as articulações de peemedebistas pela candidatura própria. O PT trabalha nos bastidores para fortalecer o nome de Viana dentro da base aliada, o que garantiria sua eleição mesmo sem apoio do DEM e PSDB.
Fonte: Folha Online