Lobão relativiza atrito com Equador e defende integração

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, destacou  que os problemas envolvendo empresas brasileiras com o Governo de Rafael Correa no Equador não são tão graves. “Eu vejo nisso um pouco de  estrépito; foguetório político”, disse ele em re

Questionado sobre a ameaça de expulsão da Petrobras daquele país, Lobão lembrou que o Equador não vai lucrar nada com isso. “Não creio que ele (Rafael Correa) vá fazer nada disso. A Petrobras está ajudando o Equador.” Ressaltou que nos dois blocos de exploração de petróleo que a empresa mantém no país não há geração de lucro.


 


O ministro também acrescentou que o governo Lula não vai repensar os investimento no Equador. “Nós temos que continuar com a nossa luta de integração e cooperação na região. O Brasil tem suas responsabilidades no setor”, alertou.


 


Disse ainda que o país está perfeitamente entendido com a Venezuela, Argentina e com o Paraguai. “Aqui e acolá surgem algumas dificuldades, algumas distensões que nós vamos arrumando e ajustando com a presença, inclusive, da diplomacia brasileira que é muito forte. Esses pequenos embaraços não podem constituir um obstáculo à integração sul-americana.”


 


Com relação à Furnas, que também estaria ameaçada de expulsão do Equador, o ministro foi irônico ao afirmar que não existe instalação física da empresa no país. “Eu tenho dito o que se está expulsando é o evento, porque a empresa não está lá.”


 


Explicou que Furnas prestou um serviço de consultoria e fiscalização em parceria com duas empresas do Equador na construção pela empresa Odebrecht da usina hidrelétrica San Francisco. “Terminou a tarefa e os técnicos vieram embora.”


 


Obras do PAC continuam, apesar da crise


 


A crise mundial no sistema financeiro não vai atrapalhar os investimentos no setor energético do país, segundo o ministro Lobão. “Tenho fortes esperanças que (a crise) não atrapalhará em nada.” Ele explicou que há uma determinação do presidente Lula para não haver interrupção nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do setor.


 


Só na região Norte, o ministro anunciou para os próximos anos investimentos superiores a R$ 20 bilhões. “São investimentos em construção de hidrelétricas, linhas de transmissão e modernização das instalações que temos em Manaus (AM) e outros estados”, disse.


 


Para ele, não haverá falta de recursos. “O capital estrangeiro e o capital nacional se interessam muito por investimentos nesse setor. Os recursos do mundo inteiro não desapareceram, não evaporaram, eles estão no banco, estão guardados aqui e acolá. Então, terão quer ser aplicados para render alguma coisa. E o setor energético é o setor em que o capital sempre aplicou e gosta de aplicar porque tem resposta”, argumentou.


 


De Brasília,


Iram Alfaia