Irã critica escolha do Japão para o Conselho de Segurança
O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Hassan Ghashghavi, qualificou nesta segunda-feira (20) de “injusta” a atual estrutura do Conselho de Segurança da ONU e a forma como seus membros são escolhidos.
Publicado 20/10/2008 14:18
O funcionário iraniano reagia assim à votação realizada um dia antes na Assembléia Geral da ONU, que fechou novamente as portas ao Irã em suas aspirações para ocupar uma das vagas não-permanentes no Conselho de Segurança.
A vaga atribuída à Ásia – à qual o Irã era candidato – foi vencida com folga pelo Japão. “Não há nenhuma justificativa lógica para que o Japão seja eleito durante 18 anos consecutivos, monopolizando, assim, a participação como membro no Conselho de Segurança”, disse Ghashghavi, em entrevista coletiva.
Junto com o Japão, foram escolhidos membros não-permanentes do Conselho de Segurança México, Uganda, Turquia e Áustria.
Nesse órgão, há cinco representantes permanentes, com direito a veto, e outros dez não-permanentes com mandato bienal.
Na votação que aconteceu na última Assembléia Geral da ONU, a candidatura asiática do Japão conseguiu 158 votos, enquanto a do Irã só alcançou 32. O Irã não faz parte do Conselho de Segurança desde o biênio 1955-1956.
“A estrutura atual do Conselho de Segurança da ONU, especialmente a forma de (escolher a) participação dos membros, é injusta”, disse Ghashghavi, citado pela agência “Irna”.
O porta-voz lembrou que, desde a criação desse órgão, 74 países não conseguiram chegar a ele, enquanto o Japão foi escolhido em várias ocasiões.
Fonte: Efe