Crise nos EUA faz número de desempregados disparar
A pressão provocada pela crise financeira sobre os trabalhadores americanos está se traduzindo em um número cada vez maior de desempregados e de sem-tetos vagando pelas ruas das grandes cidades do país, de acordo com pesquisa publicada na terça-feira p
Publicado 22/10/2008 14:40
Segundo a pesquisa realizada em 12 grandes cidades do país, a perda de casas fez disparar o número de indivíduos nas ruas e aqueles que buscam ajuda em cidades como Atlanta, Boston, Denver, Minneapolis, Nova York, Phoenix, Portland, Seattle e Washington.
Diante de dita situação, as prefeituras locais impulsionam programas para reduzir a indigência.
De acordo com os mais recentes dados oficiais, em janeiro de 2007 quase 700 mil norte-americanos perambulavam por territórios do país, estatística amplamente superada a partir da crise atual, segundo especialistas.
“Por todos os lados se escuta o pedido de assistência para aliviar a queda no setor”, comentou o diretor executivo do Conselho Inter-agências para os Sem Teto, Philip Manzano.
O coordenador de programas federais estimou que o desemprego é outro dos fatores que castiga as famílias, critério respaldado pelo reconhecimento governamental de 760 mil trabalhos que evaporaram durante os primeiros nove meses deste ano.
Os exorbitantes custos dos alimentos e a calefação complicam ainda mais o cenário adverso para os cidadãos comuns, lamentou Nan Roman, integrante da Aliança Nacional contra o Desamparo.
Analistas políticos relacionam semelhante panorama com a vantagem conseguida pelo candidato presidencial democrata, Barack Obama, nas intenções de voto de cara às eleições gerais do próximo 4 de novembro.
As quedas das finanças domésticas, os fiascos das políticas econômicas da administração de George W. Bush e o quase absoluto respaldo às mesmas do candidato republicano John McCain são suficientes para explicar o domínio opositor na disputa, concordam os analistas entrevistados pelo site Real Clear Politics.