Greve dos bancários chega ao fim em quase todo o Brasil

Depois de 15 dias, a paralisação dos bancários chegou ao fim em grande parte do país. Grevistas de cidades como Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Belém e São Paulo se reuniram nesta quarta-feira (22) em assembléias e decidiram aceitar a proposta apresenta

Pelo acordo, a categoria vai receber aumentos diferenciados por faixas etárias. Os bancários que recebiam remuneração fixa mensal até R$ 2.500, em 31 de agosto deste ano, vão ter reajuste de 10%. Já os profissionais que ganhavam, na mesma data, salários superiores a R$ 2.500 serão aumentados em 8,15%. Esses percentuais vão incidir sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que é de 90% sobre o valor do salário.


 


O comando dos bancários avaliou que as últimas propostas apresentadas pelos representantes bancos, embora não atendessem a todas as reivindicações dos trabalhadores, já apresentavam avanço. Em nota, a Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) defendeu a aprovação do acordo. “A greve foi muito forte e unitária em todo o país, forçando os bancos a melhorar a proposta na mesa de negociação”, diz o texto.


 


Em algumas cidades, apenas os trabalhadores da Caixa Econômica Federal (CEF) continuam parados. Eles têm reivindicações diferentes daquelas apresentadas pelos demais bancários. Nesta quinta-feira (23), os funcionários da Caixa realizam assembléias para discutir os rumos do movimento na instituição.


 


CTB


 


O fim da greve foi apoiado pela CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). Na opinião dos bancários da central, representados no Comando Nacional dos Bancários por Eduardo Navarro, a proposta da Fenaban representa um “inegável avanço” e a categoria sairá vitoriosa. Por outro lado, as negociações não chegaram a bom termo na Caixa Econômica Federal — cuja direção acata a proposta da Fenaban, mas se recusa a contemplar reivindicações específicas dos economiários.


 


“Depois de 23 dias de paralisação (de funcionários da Caixa), não tivemos nenhum avanço na mesa de negociações e nos confrontamos com a intransigência da direção da empresa. Vamos propor a continuidade do movimento na CEF, onde a greve é forte”, sustentou Navarro. O objetivo, segundo ele, “é formar uma opinião unitária neste sentido com as outras forças que atuam na categoria”.