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Resposta à crise passa pela educação, diz Haddad 

O ministro da Educação, Fernando Haddad disse nesta terça (4) que a resposta dos países sul-americanos à crise financeira mundial deve incluir um novo estímulo à educação. Segundo ele, os países do continente precisam definir metas para elevar o p

''A resposta à crise, no âmbito do Mercosul, deve passar, sim, pela educação. Talvez isso não valha para outras regiões do planeta, mas no nosso caso o retorno dos investimentos feitos no setor ainda é muito elevado'', disse o minitro.


 


Ele argumentou que o momento é propício para responder com mais educação à crise que se avizinha. ''O continente em geral tem um déficit educacional bastante expressivo, e no caso do Brasil esse déficit é ainda mais acentuado que nos demais países membros'', disse Haddad.


 


O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) destacou que o encontro já havia identificado a necessidade de estabelecer metas em questões como a erradicação do analfabetismo, a inclusão de todas as crianças e jovens na escola e a conclusão do segundo grau por todos os estudantes de cada país.


 


O ministro informou que o Brasil já elevou de 3,9% para 4,5% o percentual dos investimentos diretos em educação em relação ao PIB – número ainda inferior ao recomendado pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Mas ressaltou a dificuldade de erradicar o analfabetismo no país, uma vez que a média de idade dos analfabetos é de 54 anos e muitos deles vivem no campo.


 


Ressaltada a necessidade de Integração


 


Para Haddad, é necessário também que se ampliem a integração entre os países do bloco. Nesse sentido, já foram tomadas medidas como a obrigatoriedade da oferta do ensino da língua espanhola em escolas brasileiras, a criação das escolas bilíngües de fronteira e a futura implantação da Universidade da Integração Latino-Americana (Unila), em Foz do Iguaçu (PR).


 


Essa universidade, que terá projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, será toda concebida, como adiantou, levando em conta o estímulo à integração regional. As aulas poderão ser ministradas em português e espanhol, assim como os trabalhos escolares poderão ser apresentados nas duas línguas. Professores e alunos também serão selecionados entre brasileiros e habitantes dos demais países latino-americanos.


 


De Brasília com Agência Senado