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Em 3 anos de governo Evo, Bolívia liberta-se do anafabetismo

A Bolívia proclamou-se neste sábado (20) como país livre do analfabetismo, após 33 meses de campanha que empregou o método audiovisual cubano Yo sí puedo. Foram 819.417  bolivianos que aprenderam a ler e escrever, e

O ato de proclamação do feito educacional foi convocado para Coliseo de la Coronilla, no departamento de Cochabamba. Ali a Bolívia foi proclamada como terceiro país latino-americano plenamente alfabetizado, depois de Cuba (1961) e da Venezuela (2005).

A festa do triunfo sobre o analfabetismo reuniu milhares de pessoas no estádio conhecido como Coliseo de La Coronilla, numa programação que combinou política com música e deve durar a tarde inteira, até as 22 horas. Evo deve falar à multidão às 20h55, hora local (19h55 em Brasília). Falará também Edouard Matoco,  representante da Unesco (órgão da ONU dedicado à educação), que acompanhou e bem sucedida campanha boliviana.

Cuba e Venezuela ajudaram

Segundo o ministro da Educação, Roberto Aguilar, a erradicação do analfabetismo é ''um dos principais acontecimentos da história republicana'' do país. Ele lembrou que outros governos tentaram alcançar essa meta e atribuiu os fracassos anteriores, na maioria, à ''falta de vontade política''.

A campanha de alfabetização alcançou os 327 municípios dos nove departamentos bolivianos, atingindo inclusive regiões remotas, desprovidas de energia elétrica, e cidadãos com deficiências. Foram usadas 8.350 salas de aula iluminadas com energia solar, onde não havia eletricidade, e lentes especiais para os deficientes visuais.

As populações indígenas foram alfabetizadas em suas línguas maternas – principalmente aimará e quechua. A alfabetização em línguas indígenas foi uma recomendação expressa de Evo, que é da etnia aimará.

O movimento teve apoio de Cuba e da Venezuela. ''Foi um esforço humano, de todos os dias, em três anos, de lutar junto com os participantes do programa e erradicar o analfabetismo na Bolívia'', disse o coordenador da assessoria cubano-venezuelana do Yo sí puedo, Javier Labrada.

Lavrada avalia que, se não fosse pela vontade política do presidente Evo Morales, tampouco se alcançaria o resultado. Desde os primeiros dias do novo governo progressista, Evo solicitou um convênio de colaboração com Cuba para empreender a campanha.

Os 128 colaboradores cubanos e 47 venezuelanos que participaram tiveram o apoio de 60 mil colaboradores bolivianos. O movimento mobilizou prefeituras, igrejas, ativistas sociais, professores, entidades de bairro e ONGs.

Da redação, com agências