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PT reafirma apoio a Tião e Temer, sem fechar questão

Reunida em Brasília nesta segunda-feira (26), a Executiva Nacional do PT reiterou o apoio da legenda às candidaturas de Tião Viana (PT-AC) a presidente do Senado e Michel Temer (PMDB-SP) ao mesmo cargo na Câmara dos Deputados, no início de fevereiro. Mas

A posição oficial da Executiva foi apresentada à imprensa pelo presidente do PT, Ricardo Berzoini. “Fizemos uma avaliação do quadro na sucessão da Câmara e no Senado”, disse o dirigente.



O acordo de 2007 na Câmara



“Na Câmara não muda nada. O PT mantém o acordo feito em 2007”, afirmou Berzoini. “Tenho a total convicção de que os votos dos deputados do PT vão para Michel Temer”, disse o dirigente petista. Nas palavras de Berzoini, “mesmo aqueles que têm qualquer divergência seguirão a orientação partidária”.



O acordo PT-PMDB permitiu que o atual presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia, vencesse por 18 votos Aldo Rebelo (PCdoB-SP) na disputa em fevereiro de 2007. Como contrapartida, o PT prometeu apoiar Temer, que também é presidente nacional do PMDB, na disputa deste ano. O acerto, porém, não abarcou o Senado, onde Tião Viana passou a enfrentar nos últimos dias a candidatura do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). Observadores, inclusive petistas, resistem à idéia ver o PMDB presidndo as duas Casas.



Com Sarney, “muito difícil”



Berzoini admitiu dificuldades na disputa no Senado. “Vamos trabalhar, mas não podemos negar a realidade. É muito difícil, porque o Sarney já foi presidente da República e presidente da Casa duas vezes. Não podemos simplesmente negar a realidade”, comentou.



O dirigente petista se queixou de que “Sarney se posicionou num tempo muito próximo da eleição, isso não é bom para o processo de entendimento”. Mas disse que “vamos trabalhar para que Tião Viana tenha os votos necessários”. E argumentou que, “em 2007, muita gente achou que não conseguiríamos eleger o Arlindo Chinaglia, mas conseguimos construir o caminho”.



Na quinta-feira, a bancada de 13 senadores do PSDB, hoje dividida, decide entre as candidaturas de Tião e Sarney. O DEM já fechou apoio ao candidato peemedebista.



Câmara votará depois do Senado



Observadores do Congresso Nacional registram que a votação na Câmara será depois daquela no Senado. E avaliam que uma vitória de Sarney pode estimular deputados a não votar em Temer, mas seus concorrentes, Aldo Rebelo ou Ciro Nogueira (PP-PI), que também disputam o cargo.



À primeira vista, Temer é imbatível, pois tem o apoio formal de 13 partidos que somam mais de 400 dos 513 votos. Mas como a votação é secreta o peemedebista se esforça ao máximo para evitar um segundo turno em que a situação possa fugir do controle das cúpulas partidárias.



Da redação, com agências