Ciro Gomes retomará estilo pitbull no trato com os tucanos
O presidenciável do PSB, deputado federal Ciro Gomes (CE), promete voltar à cena política nesta semana no mesmo estilo “pitbull” que o caracterizou no trato com os adversários preferidos, os tucanos. Critico do modelo neoliberal, ele atribuiu que “o mi
Publicado 02/03/2009 20:54
Dará esse recado no seminário “A Crise Econômica: Oportunidade para o Novo Modelo de Desenvolvimento” que ocorre nesta quarta (4) na Câmara dos Deputados. O evento foi preparado especialmente para marcar o retorno dele ao centro da disputa presidencial até agora polarizada entre o PT e PSDB.
No encontro, Ciro avaliará que o manual da globalização só não foi totalmente cumprido porque o eleitor brasileiro, ''que tem muito juízo'', percebeu o perigo e elegeu Lula sucessor de FHC.
''Felizmente, o processo de privatização foi interrompido e assim salvamos o Banco do Brasil, a Petrobras, a Eletrobrás, a Chesf, Furnas, a Eletronorte, a Embrapa e outras joias da coroa'', comentou.
Afirmou que lá fora, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, os governos deixaram o mercado tomar conta de tudo, ''e deu no que deu''. Ele entende que o Estado tem de mediar o mercado, ''e quem ainda duvidava disso não duvida mais: é só ver o que fazem agora os governos dos EUA, da China, da Europa e do Japão.''
Inácio comenta retorno
Para o senador Inácio Arruda (PCdoB), conterrâneo de Ciro Gomes, o retorno dele longe de dificultar contribui com o debate político. “Acho que o cenário político com três candidaturas fortes fica mais estimulante”, considerou Inácio, referindo-se, além de Ciro, à ministra Dilma Rousseff (PT) e ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB).
O senador considera Ciro Gomes uma figura expressiva na política nacional. Ele já foi ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco e ministro da Integração Nacional no de Lula.
Como membro da base aliada, Inácio defende que se trabalhe pela idéia de uma candidatura unitária, mas a possibilidade da disputa eleitoral contar com mais de um candidato da base não é um cenário que ele ache ruim. “Ter mais de uma candidatura facilitará o segundo turno”, diz.
O senador comunista também acha que Ciro Gomes não será prejudicado pelo tempo que ficou ausente do debate político, isso porque ele já é uma pessoa conhecida no Brasil.
A revista ISTOÉ desta semana diz que Ciro ficou cinco meses fora da cena política. Um abraço dado em seu irmão, o governador do Ceará, Cid Gomes, colocou-o de volta à disputa.
É que Ciro e Cid desde as eleições municipais estavam rompidos. O deputado apoiou sua ex-mulher, a senadora Patrícia Sabóia (PDT), enquanto o governador preferiu dar apoio a Luizianne Lins (PT).
A briga, segundo a revista, deixou Ciro desinteressado pela rotina do legislativo e até com problemas de saúde. Nesse período, ele teve uma paralisia facial.
De Brasília,
Iram Alfaia