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UBM-PE avalia que Dilma em 2010 é bom para luta de gênero

A União Brasileira de Mulheres (UBM), em Pernambuco, reuniu a direção estadual neste final de semana (14 e 15), no Recife, com o objetivo de ampliar a sua organização e presença nos movimentos sociais. A direção fez uma avaliação do biênio 2007/2008, o pl

Na reunião, as lideranças criticaram a política de juros altos do governo Lula, “que dificulta o enfrentamento da crise”. Por outro lado, a entidade diz “não aceitar a tentativa de setores de oposição de tentar desgastar um governo que retomou o papel do Estado como indutor da economia”.


 


A ampliação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o anúncio de que a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres será transformada em Ministério foram algumas das ações do presidente Lula saudadas pelas feministas.


 


Como a sucessão presidencial de 2010 já ocupa a agenda política do país, a UBM avalia de forma positiva o fato de uma mulher estar colocada como candidata a presidente da República, com chances reais de vitória. Entretanto, acredita que homem ou mulher, a candidatura deve ter compromisso com as causas populares e os direitos das mulheres.


 


As também mulheres não tiveram dúvidas na hora de avaliar a gravidade da crise econômica mundial, que eclodiu no ano passado nos Estados Unidos e se espalhou mundo afora. Segundo a entidade, a repercussão tem sido negativa para a vida das mulheres com o aumento do desemprego e das ameaças de corte de políticas sociais.


 


Avaliação do 8 de Março



 
Na avaliação da entidade, o 8 de Março foi realizado com êxito no estado. A panfletagem na praia de Olinda, em pleno domingo de sol, contou com um grande número de militantes feministas e a receptividade dos banhistas, além de repercutir nos jornais e emissoras de TV locais.


 


Ao som de uma orquestra de frevo e de um carro de som, cerca de 150 mulheres vestidas com cangas e lenços estilizados, com a marca da UBM, distribuíram o panfleto “Vamos invadir sua praia – por uma sociedade justa e igualitária”. Nas faixas, frases como “Nenhuma mulher pode ser presa por ter feito aborto” e “Quem ama não machuca, não maltrata e não mata” chamavam a atenção das pessoas na praia.


 


Com isso se difundiram bandeiras como o fim da violência, a descriminalização do aborto e a repercussão da crise econômica mundial.  O assunto era sério, mas não faltaram palhaços e malabaristas, emprestando maior alegria à atividade.


 


“Todos os anos a UBM participa no 8 de Março e de eventos realizados conjuntamente com outros movimentos feministas. Este ano resolvemos ir além. Estamos com um espírito de orgulho e realização por ter cumprido bem o nosso objetivo”, disse Márcia Ramos, coordenadora geral da UBM-PE.


 


Direção


 


A direção da UBM no estado é composta atualmente por 23 mulheres, com representação das cidades de Recife, Olinda, Jaboatão, Santa Cruz do Capibaribe, Abreu e Lima, Petrolina e Pesqueira. Nestas cidades, os núcleos da UBM vêm funcionando com níveis distintos de organização. Mas, na avaliação de Márcia Ramos, “a UBM ampliou a sua presença nos movimentos feministas e, hoje, está consolidada no Estado de Pernambuco”.


 


A entidade tem assento em espaços institucionais importantes, a exemplo do Conselho Estadual da Mulher, do Fórum de Mulheres de Pernambuco, das coordenadorias da mulher ou dos conselhos municipais dos direitos da mulher do Recife, Olinda, Jaboatão e Igarassu, além de presidir o Conselho Gestor de Saúde do Cisam (Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros).


 


“Temos o grande desafio de divulgar as nossas idéias, trazer mais mulheres para a luta emancipacionista e criar vínculos com a comunidade. Para isso, devemos investir na comunicação, na formação e na organização da UBM”, afirmou a coordenadora.



 
Do Recife,
Inamara Melo