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Ação contra satélite será ameaça, adverte Coreia do Norte

O governo da República Popular Democrática da Coreia reiterou nesta quinta-feira (26) a advertência de que uma ação do Conselho de Segurança da ONU, contra o satélite que projeta lançar, significará o fim da desnuclearização na península coreana.

Um porta-voz da chancelaria da RPDC, por meio de uma declaração publicada pela agência de notícias nortecoreana KCNA  reiterou o comunicado do governo do país sobre os fins pacíficos deste teste espacial.



A fonte recorda que se algum ato hostil for cometido em nome do Conselho de Segurança, de tal maneira que se viole a soberania da RPDC enquanto se nega seu direito ao uso pacífico do espaço, o país tratará como uma rejeição à declaração do 19 de setembro de 2005.



Essa declaração conjunta, assinada há pouco mais de três anos, China, Estados Unidos, Rússia, Japão, Coreia do Sul e a RPDC, países que participaram de reuniões em Pequim, se comprometeram a buscar a desnuclearização da península.



Nas últimas semanas, os governos dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul têm insistido que tomarão medidas e pedirão sanções na ONU contra a RPDC, além de aplicar também sanções unilaterais contra Pyongyang, caso o satélite seja lançado ao espaço.



Segundo o porta-voz nortecoreano, “alguns meios de comunicação interpretaram incorretamente a posição da RPDC disseram que o país só reagiria contra o diálogo multipolar se a ONU adotasse sanções ou uma resolução”.



O diplomata disse à KCNA que outros países no mundo têm lançado satélites e o Conselho de Segurança nunca se intrometeu nisso, nem tem tomado medida alguma contra os países em questão.



“Daí que uma discussão no Conselho sobre o planejado lançamento de um satélite com fins pacíficos, sem falar já da adoção de um documento repressor ou de uma só palavra crítica, será considerada uma ação hostil contra a RPDC”, sublinhou.



“Se a declaração de 19 de setembro for ignorada, o diálogo multipolar será encerrado e todos os processos para a desnuclearização voltarão ao ponto em que estavam antes de começar e se tomarão fortes medidas necessárias”, alertou.