Metalúrgicos criticam mais isenção fiscal à GM no RS

Aguardando a aprovação da Assembléia Legislativa, a montadora General Motors (GM) estreita negociações com o governo gaúcho para a ampliação do Complexo Automotivo de Gravataí (RS). Com investimentos calculados em US$ 1 bilhão, a expectativa é de que a

Para o presidente da Federação dos Metalúrgicos do Rio Grande do Sul, Milton Viário, essa atitude do Estado é equivocada, pois concentra benefícios fiscais de grande quantia somente em uma empresa. “Primeiramente, nos parece que segue uma política fiscal equivocada do governo do estado por que se faz uma renúncia fiscal enorme como essa que está fazendo com a General Motors. E em segundo lugar é uma renúncia fiscal que se concentra em apenas uma empresa, enquanto que nós temos uma realidade econômica gaúcha onde um conjunto enorme de pequenas e médias empresas não tem sequer o mínimo de amparo com isenção fiscal por parte do governo do estado”, afirmou.


 



Para a ampliação desta unidade também serão negociados financiamentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ao Banrisul. Para Milton, mesmo que tal investimento aparente ser um reforço para a estrutura industrial do Estado, não há segurança alguma no que diz respeito à geração de novos empregos. “Não há uma fiscalização por parte do governo com relação à geração de empregos. Estamos assistindo todo um processo de demissão de outros grupos econômicos aonde fizeram o ‘Fundopem’ anos atrás e estão praticando demissões não mantendo níveis de empregos e não fazem novas contratações”, argumenta.


 


Em Outubro do ano passado, devido à redução nas vendas, a GM suspendeu as horas-extras e iniciou uma seqüência de paradas que resultaram em férias coletivas nos meses seguintes.


 


FONTE: Agência Chasque