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ADPF não quer afastamento político de Protógenes

O presidente da ADPF (Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal), Sandro Avelar, diz que a entidade irá acompanhar “com atenção” o afastamento do delegado Protógenes Queiroz da Polícia Federal, efetivado na manhã desta terça-feira, 14.

“Se há uma determinação na norma para que se proceda o afastamento, nós temos que ver isso com naturalidade”, diz Avelar. “Agora, nós vamos fazer um acompanhamento para evitar que isso se transforme num afastamento político”.



Protógenes foi afastado em decisão tomada pelo diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa. O delegado responde a processo disciplinar por participação em um comício de apoio ao candidato do PT à prefeitura de Poços de Caldas (MG), Paulo Tadeu Silva D'Arcádia, em setembro de 2008. Na ocasião, ele teria quebrado as normas da corporação ao falar em nome da PF em um comício político.



De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, o afastamento de servidores é comum quando eles são alvo de processos administrativos. No início de abril, Corrêa havia anunciado a abertura de uma investigação contra Protógenes pela Corregedoria da PF pela participação na campanha eleitoral de 2008. De acordo com o diretor-geral da PF, os servidores públicos da ativa não podem se envolver em campanhas políticas. Se for condenado, Protógenes pode sofrer punição que vai desde a suspensão até a demissão. O processo, de acordo com a PF, está na fase da coleta de depoimentos das testemunhas.



A suspensão de Protógenes pode durar um máximo de 90 dias. Nesse período, o delegado ficará afastado de todas as suas funções, mas receberá os salários normalmente.



Responsável pela deflagração da Operação Satiagraha, Protógenes já havia sido afastado do comando da operação e da Diretoria de Inteligência da PF, onde era lotado. Na época da operação, deflagrada no ano passado, chegaram a ser presos o banqueiro Daniel Dantas, controlador do banco Opportunity, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, e o empresário Naji Nahas. Nenhum deles permanece detido.



Da redação,
com agências