Audiência Pública na ALE discute a BR319
A ausência de representantes da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável-SDS, Denit e Ipaam foram lamentadas pelos deputados estaduais durante a realização da Audiência Pública realizada ontem, no Plenário
Publicado 14/04/2009 12:18 | Editado 04/03/2020 16:12
José Lôbo disse ser indiscutível e da maior importância as obras de recuperação e pavimentação do trecho de mais de 400 quilômetros da BR-319 no Amazonas, todavia, políticas públicas devem ser discutidas com mais rigor e minudência, visando aos efetivos métodos de preservação da biodiversidade local. Só que, apesar de serem convidados, esses órgãos não enviaram representantes.
Ressaltou José Lôbo a “presença desses representantes era de fundamental necessidade para se discutir os aspectos do meio físico, biótico e aspectos sócio-econômicos da região a ser trabalhada e é imperiosa, considerando-se que, embora resultem das obras, fortes efeitos positivos sobre a economia do Amazonas e da região Amazônica como um todo, integrando o Amazonas ao estado de Roraima e ao restante do país, há também de se observar os possíveis efeitos ambientais das obras na Rodovia”.
Em seu discurso José Lôbo disse Crer que as reflexões que vêm com a euforia alarmada sobre a inviabilidade de recuperação da BR-319, por causa dos possíveis danos ao meio ambiente e devastação da Amazônia, agridem a inteligência humana e o avanço científico, desconsiderando terrivelmente a evolução que a governança aplicada à gestão pública tem experimentado.
Segundo o líder do PCdoB o que declara o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), elaborado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) para a recuperação da BR-319, é equivocado pensar que essa obra gerará impactos ambientais irreversíveis.
“Como já disse, – acrescentou Lôbo-, respeito as preocupações das pessoas e das instituições, quanto às possibilidades de prejuízos ecológicos e do meio embiente, porém, é preciso considerar as garantias oferecidas pela governança da obra, porque, pelo que demonstra o EIA/Rima, não encontramos nenhuma razão para crer que essa ousada obra servirá de desmatamento irreversível , poluição dos rios e exploração das populações amazônicas que vivem sob a influência da BR-319”.
” Penso que seja absurda e sem sentido a idéia de não se defender a recuperação dos mais de 400 quilômetros da BR-319; falo mais especificamente do quilômetro 250 ao 655, porque isso significaria oferecer dificuldade de inclusão social às pessoas que moram nos municípios que serão atendidos pela obra, sem mencionar isso também representa empecilho brutal ao desenvolvimento econômico e social dos Estados do Amazonas e de Rondônia, com maior prejuízo ao Amazonas, que se manteria isolado da malha rodoviária nacional,” enfatiza o deputado.
“A recuperação da BR-319 representa um desafio de integração regional, onde devemos reconhecer o grande empenho e interesse do Governo Federal, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e do Excelentíssimo Senhor Ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, e, claro, do Governador Eduardo Braga”, concluiu José Lôbo.
De Manaus,
Jerson Aranha
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