Bolívia: Morales denuncia plano para assassiná-lo
O presidente da Bolívia, Evo Morales, denunciou, nesta quinta-feira (16), que ''terroristas europeus'' planejavam atentar contra a sua vida. O vice-presidente Alvaro Garcia Linera e autoridades de seu gabinete também seria alvos do grupo, desarticulado pe
Publicado 16/04/2009 17:39
''Não me equivoquei ao dizer, domingo passado, que os dias de Evo Morales podiam estar contados. Os resultados da operação de hoje concidem com a informação preliminar que tínhamos a respeito deste grupo terrorista de mercenários europeus e bolivianos'', disse Morales, na cidade de Cumaná, onde acontece a reunião da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA).
Em La Paz, García Linera disse que a articulação foi identificada a partir da documentação encontrada na operação desenvolvida na madrugada, onde três supostos terroristas morreram em um tiroteio com a polícia, que deteve outros dois.
''Os documentos, de maneira preliminar, falam dos preparativos de um magnicídio, de um atentado contra as vidas do presidente e do vice-presidente da República'', afirmou.
Segundo ele, o governo tem dados sobre a presença destes terroristas em recentes atos públicos de Morales e sobre o acompanhamento que teriam feito às viagens de comitivas do presidente, dele próprio e de alguns ministros.
Após o tiroteio travado em Santa Cruz, a operação policial continuou com a apreensão, no centro comercial da cidade, de armamento como metralhadoras e fuzis, além de explosivos preparados para futuros atentados, segundo García Linera.
Pela apreensão destas armas e pelos documentos encontrados, o governo afirma que esta quadrilha cometeu os recentes atentados em Santa Cruz, contras as casas do cardeal Julio Terrazas, ontem, e do vice-ministro de Autonomias, Saúl Ávalos, há três semanas.
O vice-presidente disse que, pela quantidade e modelo das armas encontradas, a polícia deduz que podem haver outras ''células'' terroristas na Bolívia, que vinculou a uma suposta ''ideologia de extrema direita fascista''.
Na última terça-feira, a lei eleitoral transitória da Bolívia, que garantirá as eleições gerais de dezembro, foi aprovada, após movimentação contrária da oposição, que levou Morales a uma greve de fome. Desde iniciado esse processo, o presidente afirma que existe um vasto plano para derrubar seu governo.
''Na Bolívia, a direita tentou me tirar com o voto do povo, mas fracassou; tentou me tirar com um golpe de Estado cívico prefeitural (em agosto e setembro), mas fracassou; e agora planejava fazer o mesmo, usando esses mercenários, mas fracassaram. Oxalá fracassem para sempre'', disse Morales.
Com agências