Raúl Castro reitera: OEA tem que desaparecer
O presidente de Cuba, Raúl Castro, pediu, nesta quinta-feira, o fim da Organização dos Estados Americanos (OEA) e reiterou que seu país não pretende ser reintegrado à entidade, da qual está suspenso desde 1962.
Publicado 16/04/2009 17:49
“A OEA deve desaparecer. Vejam a sua história e digam se ela deve ou não desaparecer”, disse ele, que chegou à cidade de Cumaná, na Venezuela, para a reunião da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), bloco que Cuba integra ao lado de Venezuela, Bolívia, Honduras, Nicarágua e Dominica.
O mandatário lembrou que seu país foi excluído da OEA devido aos “enfrentamentos entre os Estados Unidos e a extinta União Soviética na época da Guerra Fria”. Em seguida, de maneira irônica, reiterou que a ilha caribenha não voltará ao organismo.
“Antes de Cuba entrar novamente na OEA, o mar do norte vai se unir ao mar do sul e nascerá uma serpennto do ovo de uma águia”, disse.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que como anfitrião da cúpula de hoje recebeu Raúl, argumentou que é necessário “organizar espaços nossos” na região, “sem fatores externos”, em uma clara alusão aos Estados Unidos.
Neste sentido, indicou que Cuba “fará parte da OEAL”, a Organização dos Estados da América Latina, uma nova instância regional que não teria a presença norte-americana.
O presidente cubano deverá se pronunciar hoje pela primeira vez sobre o anúncio feito por Washington na segunda-feira de suspender as restrições a viagens e envios de remessas a Cuba. Em relação à OEA, na última terça-feira, o ex-presidente cubano Fidel Castro, irmão mais velho de Raúl, qualificou em um artigo a entidade regional como “infame” e ressaltou que Havana não tem qualquer pretensão de retornar a ela.
No texto, Fidel afirma ainda que “a OEA tem uma história que coleciona todo o lixo de 60 anos de traição aos povos da América Latina”.
Fonte: Prensa Latina e Ansa Latina