CPI dos Grampos adia pela terceira vez a votação de relatório
A CPI das Escutas Clandestinas da Câmara adiou mais uma vez nesta quarta-feira a votação do relatório final da comissão. A nova relatora da CPI, deputada Iriny Lopes (PT-ES), pediu mais 24 horas para analisar os quatro votos em separado apresentados ao
Publicado 06/05/2009 16:58
O presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ), marcou a nova reunião da comissão para amanhã. A expectativa, porém, é que a votação só ocorra efetivamente na semana que vem, uma vez que os deputados prometem se estender na discussão do relatório de Pellegrino. O prazo final para a CPI encerrar os seus trabalhos termina na próxima quinta-feira (14).
Iriny Lopes considerou “inédito” assumir a relatoria da CPI no momento da votação do texto final, elaborado integralmente por Pellegrino. A relatora disse que, apesar de conhecer integralmente o texto do relator, precisa de mais tempo para analisar os votos em separado –apresentados pela oposição, PSOL, deputado Marcelo Itagiba (PMDB-RJ) e pelo deputado Laerte Bessa (PMDB-RJ).
A CPI vai tentar buscar um acordo entre o texto final e os votos em separado para evitar que a disputa seja solucionada em votação. A principal divergência está nas sugestões de indiciamentos dos protagonistas da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que apura crimes financeiros atribuídos ao banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity.
Enquanto Pellegrino inocenta o delegado Protógenes Queiroz, Dantas e o ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Paulo Lacerda, a oposição e Itagiba sugerem os indiciamentos dos três protagonistas da Operação Satiagraha –Protógenes e Lacerda por falso testemunho e Dantas por interceptação clandestina.
O PSOL apresentou um terceiro voto em separado para livrar Protógenes do indiciamento, com a sugestão do indiciamento de Dantas. Laerte Bessa apresentou o voto com o pedido para que Pellegrino retire os indiciamentos de Idalberto Araújo e da delegada Eneida Taguary por suposta execução de escuta ambiental sem prévia autorização judicial.
Fonte: Folha Online