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Empresas britânicas desrespeitam direitos humanos

De acordo com o estudo “The Reality of Rights” (A realidade dos direitos, em tradução livre), divulgado pela influente Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres (LSE, da sigla em inglês), empresas britânicas estão desrespeitando os direitos hu

Um dos exemplos citados pelo estudo é a indústria de roupas de Bangladesh, no centro-sul da Ásia. A região é responsável pela produção de mercadorias que, juntas, valem dezenas de milhões de dólares. Isso faz com que as inglesas exijam preços baixos e prazos de entrega curtos, o que geralmente é feito as custas dos direitos dos trabalhadores.



“The Reality of Rights” aponta pelo menos 30 casos de colapsos em fábricas e incêndios que deixaram centenas de trabalhadores mortos e milhares feridos durante a década passada. Quando essas pessoas ou seus representantes procuraram por seus direitos, sofreram abusos, intimidação, e, em algum casos, foram até mesmo aprisionados.



O relatório também dá detalhes de problemas semelhantes em outros setores e países onde empresas do Reino Unido atuam. Eles vão desde maus tratos a cortadores de flores do Quênia até comunidades nigerianas afetadas por vazamento de gás.



Kate Macdonald diz que as multinacionais podem promover desenvolvimento econômico e gerar riqueza e prosperidade. Mas ressalta também que essas companhias podem e têm perpetuado abusos dos direitos humanos que afetam tanto os trabalhadores quanto a sociedade em diversos países do mundo.



O estudo recomenda a criação de uma comissão para negócios, direitos humanos e meio ambiente e, também, que o governo britânico endureça com as companhias do país que transgridam os acordos internacionais de direitos humanos.



O relatório completo (em inglês) está disponível no endereço http://www.lse.ac.uk/collections/enterpriseLSE/pdf/reality_of_rights.pdf.



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