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STF monta barreiras para bloquear manifestação contra Gilmar Mendes

Logo no início da tarde desta quarta-feira (6), barreiras de isolamento e guardas de segurança cercavam o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília. São os preparativos para evitar que os manifestantes do Moviment

A referência ao sobrenome “Dantas” é um dos motivos da manifestação. Gilmar Mendes despertou o repúdio do povo ao libertar o banqueiro Daniel Dantas, investigado pela Polícia Federal na Operação Satiagraha. “O ministro Gilmar Mendes revela a mesma mentalidade autoritária contra a qual lutamos nos últimos 30 anos”, diz Rodrigo Pilha, estudante e ativista político, no texto de convocação da manifestação.



O Brasil já não admite a visão achatada da lei, aplicada acriticamente para oprimir os mais fracos. O Brasil já não atura palavras de ordem judiciais como estado de direito devido, processo legal ou princípio da legalidade, apresentadas como se fossem mandamentos divinos para calar o povo, avalia o Manifesto do Movimento.



O ministro Gilmar Mendes é também acusado de criminalizar os movimentos sociais, o que “representa um autoritarismo e uma polêmica partidária-ideológica que não coadunam com a nova luz democrática que as ruas querem para este tribunal.”



Saia às ruas



A vigília tem como objetivo exigir que Gilmar Mendes “saia às ruas” e não volte ao STF, baseado no que foi dito pelo ministro Joaquim Barbosa: “Vossa Excelência está na mídia destruindo a credibilidade do Judiciário.” A fala de Barbosa foi transmitida pela TV Justiça durante um bate-boca entre os dois ministros, no último dia 22 de abril, em sessão plenário daquele tribunal.



A manifestação quer ainda protestar “contra coronéis e capangas que são rápidos para libertar ricos e prender ladrões de galinha”, diz o documento, citando o jornalista Ricardo Noblat. E pretende ampliar a mobilização nacional contra “a vocação autoritária do ministro Gilmar Mendes”, relembrando as palavras do jurista Dalmo Dallari, que diz: “ele realmente pratica no Supremo o coronelismo. Isso é absolutamente errado.”



A manifestação de hoje dá seguimento a primeira manifestação realizada no dia 24 de abril, com 10 estudantes e ex-estudantes da UnB (Universidade de Brasília) – o chamado “ato dos 10” – dois dias após o bate-boca entre Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa.
 



Acompanhe o movimento no site www.saiagilmar.blogspot.com



De Brasília
Márcia Xavier