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Governo debate medidas para intervir no câmbio

O secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, afirmou que há um debate no governo em relação a possíveis formas de intervenção na taxa de câmbio, como o estímulo às exportações e mesmo a taxação de ingresso de investimentos estrangeiros com o Imposto

De acordo com Barral, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria Comércio Exterior defende que “a forma mais eficiente e menos danosa para equilibrar o dólar é a queda da taxa de juros básicos”. O secretário explicou que apesar de não trazer efeitos imediatos para o comércio externo no Brasil, a atual volatilidade da taxa de câmbio é mais preocupante que a queda do dólar, uma vez que deixa os exportadores inseguros em relações às operações futuras. No médio prazo, o câmbio volátil pode impor dificuldades em determinados setores, principalmente aqueles que são mais sustentados por mão-de-obra, como o setor têxtil.


 


Outro motivo adicional de preocupação do governo é a retenção de estoques no mercado internacional. Em 2008, o real estava mais valorizado em relação ao dólar do que atualmente, em que se encontra próximo de R$ 2. No entanto, a demanda mundial permanecia aquecida. Com a queda de demanda mundial, principalmente dos Estados Unidos e países emergentes, o excedente de estoques tende a ser maior.O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse que o ideal para os exportadores é a cotação do dólar fixada entre R$ 2,20 ou R$ 2,30, mas com a moeda americana em R$ 2 “também é possível exportar”.


 


Ele lembrou que no ano passado o dólar chegou a recuar atá a R$ 1,70 e mesmo assim o país bateu recorde de exportação e de movimentação comercial. Sobre o resultado da balança comercial, que fechou maio com superávit de US$ 2,651 bilhões, Jorge lembrou que o resultado havia sido atípico, em função da greve dos auditores fiscais.  Para ele, o resultado de maio ajudou a elevar o superávit acumulado no ano para US$ 9,372 bilhões “número importante para os cinco meses do ano e a nossa previsão é boa”. Miguel Jorge participou da cerimônia de abertura da 25ª Feira Internacional da Indústria Elétrica, Energia e Automação e da 5ª Electronic Americas. 


 


Com  informaçções da Agência Brasil