Servidores fazem vigília por CPI para investigar governo Yeda

A aposta dos servidores é na bancada do PDT, que ainda tem três deputados que não assinaram o requerimento. Giovani Cherini, Kalil Sehbe e Gerson Burmann divergiram dos colegas e a direção do próprio partido no mês passado, afirmando que não estavam convencidos da necessidade de uma CPI para investigar as denúncias de corrupção no governo de Yeda Crusius.

O diretor do Sindicato dos Servidores Públicos do estado (Sindsepe), Rogério da Silva Ramos, avalia que com a CPI, as denúncias poderão ser apuradas. Os servidores aguardam uma audiência com a bancada do PDT para tratar do tema.

“A CPI é um instrumento que busca as provas, fazer a comprovação das denúncias. As denúncias estão no ar, faltam as provas, que podem ser buscadas na CPI. Por isso estamos pressionando os deputados a assinarem a CPI”, argumenta.

Logo no início da vigília, em torno das 9h, houve um princípio de confusão. Seguranças da Assembléia Legislativa tentaram impedir que os manifestantes colocassem cartazes e faixas nas grades da esplanada, que fica do lado externo do prédio. Mesmo assim, os servidores expuseram o material, mas depois foi retirado e rasgado pelos seguranças. Rogério reclama da truculência usada pelos servidores da Assembléia.

“A segurança veio aqui quando estava meio desocupado, porque as pessoas haviam ido almoçar. Eles [seguranças] vieram aqui e rasgaram todas as faixas. Nem na Ditadura, quando acampamos dentro da Assembléia, recebemos esse tipo de violência”, diz.

A vigília, que iniciou de manhã, prossegue até às 20h diariamente até a quinta-feira (04). O protesto é organizado pelos dez sindicatos que compõem o Fórum dos Servidores Públicos Estaduais.

FONTE: Agência Chasque