Kirchner renuncia ao comando do partido peronista
O ex-presidente argentino Néstor Kirchner renunciou, nesta segunda-feira (29), de forma “indeclinável”, à presidência Partido Justicialista ( PJ), também chamado de peronista, atualmente no governo. A decisão foi anunciada logo após con
Publicado 29/06/2009 17:10
“Quando um resultado não é o que alguém pensou, então essa pessoa deve ter as atitudes que lhe correspondem”, disse Kirchner em uma declaração exclusiva à agência oficial “Télam”.
Na mensagem televisiva, ele pediu a Scioli e a seu vice, Alberto Balestrini, que permaneçam à frente do Poder Executivo e não assumam seus assentos obtidos para a Câmara de Deputados nas eleições de ontem. “Pedi que Scioli continue porque nós entendemos, com uma primeira leitura, que os habitantes da província desejam que ele siga governador”, disse o ex-presidente.
“Quero me dedicar a me movimentar livremente”, acrescentou, afirmando que é preciso “dignificar a política”. Ele ressaltou que os governistas receberam mais de cinco milhões de votos em todo o país nas eleições do domingo e expressou seu “profundo agradecimento” aos eleitores.
Segundo Kirchner, o governo mostrou uma “conduta democrática, profunda, clara e respeitável” diante de resultados “muito próximos”, em eleições que foram “bastante equilibradas”.
A partir de agora, disse o ex-presidente, “é preciso continuar trabalhando com toda nossa força para nos converter em alternativa real e profunda” para as eleições gerais de 2011. Já o governador Scioli explicou que a decisão de Kirchner é uma prova de “responsabilidade e respeito pela vontade popular”.
Kirchner assumiu a presidência do partido em maio de 2008. Considerado o homem forte do governo liderado por sua mulher, a presidente Cristina Kirchner, ele perdeu a disputa por uma vaga de deputado pela província de Buenos Aires por uma pequena margem. O vencedor foi o empresário Francisco De Narváez, líder de uma corrente dissidente do peronismo.
Com agências