BNDES ajudará a manter juros em um dígito, diz Coutinho
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, acredita que a economia brasileira poderá consolidar um patamar de taxas de juros de um dígito, com os juros reais abaixo dos 5% ao ano durante os próximos trê
Publicado 09/07/2009 19:09
Coutinho, que apresentou hoje o desempenho do BNDES no primeiro semestre, ressaltou que a aposta do banco no incentivo à criação de capacidade no parque produtivo brasileiro é uma forma de garantir expansão da oferta antes de um aumento da demanda, evitando pressões inflacionárias no futuro.
“Um dos papéis do BNDES é ajudar o Banco Central no médio e no longo prazo. A forma de ajudar é fortalecer o investimento que cria capacidade produtiva, cria oferta e impede que haja desequilíbrio entre oferta e demanda”, afirmou Coutinho.
No mês passado, Coutinho e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciaram reduções de juros em diversas linhas do banco de fomento como forma de incentivar o setor de bens de capital. Entre as medidas tomadas está a redução dos juros para aquisição e produção de máquinas e equipamentos nas linhas Finem, Finame, Finame Agrícola e BNDES Automático, de 10,25% ao ano, em média, para 4,5% ao ano, exceto para aquisição de ônibus e caminhões, que terá taxa fixa de 7%. Na exportação, o custo do pré-embarque foi reduzido de 12,05% ao ano, em média, para 4,5% anuais, e o do pós-embarque caiu em 2 pontos percentuais.
O presidente do banco de fomento frisou que o BNDES tem uma contribuição macroeconômica “que nem sempre é compreendida”.
“Espero que (a taxa básica de juros) fique em um dígito e que, em termos reais, fique em patamar 'sub-cinco'” , disse Coutinho. “Temos que pensar em criar condições para que economia brasileira poupe e invista mais” , acrescentou.
Fonte: Valor Online