Polícia protege a comunidade uigur contra vingança
Autoridades regionais impetraram um toque de recolher na noite de terça-feira na cidade de Urumqi, capital da Região Autônoma Uigur Xinjiang, em um esforço para acabar com a violência que se seguiu ao conflito fatal iniciado no domingo (5), que matou 1
Publicado 09/07/2009 17:17
O toque de recolher entrou em vigência às 21h locais de terça-feira e foi suspenso às 9h de quarta-feira, disse Wang Lequan, chefe do Partido Comunista em Xinjiang, em uma intervenção exibida pela televisão local.
Um novo protesto foi iniciado na noite de segunda-feira, quando moradores de Urumqi da etnia han marcharam até o bairro de Erdaoqiao, uma área habitada principalmente por uigures, no centro de Urumqi, procurando vingança dos ataques sofridos no domingo.
Os manifestantes levavam armas caseiras, como facas, machados, martelos, tesouras, porretes, enquanto gritavam “vamos proteger nossas casas, vamos proteger nossas famílias”.
A tentativa de entrar no bairro uiugur foi impedida pela polícia. Nenhum conflito foi registrado.
“Não houve tiros pela polícia, assim como não tivemos nenhuma ordem para abrir fogo”, disse um policial anônimo. “Mas, desde domingo, vimos alguns baderneiros uiugures na cidade equipados com armas e granadas”.
As forças de segurança em Urumqi estão armadas de modo suficiente para restaurar a ordem, e não precisamos de reforços de outras províncias, disse o oficial.
“Todo mundo precisa esfriar a cabeça”, disse Wang. “Nós precisamos caçar as forças hostis em casa e fora delas, ao invés de caçar irmãos e irmãs de grupos étnicos diferentes”, considerou.
“O governo prestará assistência psicológica e financeira aos que perderem parentes nos distúrbios e fará o possível para ajudar a restaurar as lojas daqueles que sofreram perdas com os distúrbios”, disse Wang.
Li Zhi, chefe do Partido Comunista em Urumqi dirigiu-se para a área, apelando para os manifestantes desistirem do protesto.
“Os povos Uigur e Han são irmãos, nós somos uma família”, disse o líder comunista em um megafone. Mais cedo, Li deu uma entrevista a imprensa pedindo que se evitassem confrontos entre grupos étnicos na região.
Muitos manifestantes persuadiram os outros a evitar ações extremas. “De outro modo, aqueles que instigaram a violência ficarão muito felizes em ver mais distúrbios”, disse um homem da etnia Han enquanto escutava o discurso de Li.
Entretanto, algumas pessoas pediam punição severa aos assassinos e ações duras do governo depois do distúrbio de domingo. A multidão gradualmente se dispersou, cantando o hino nacional, e 40 minutos depois restavam menos de cem pessoas junto aos policiais.
Fonte: Global Times (http://www.globaltimes.cn/)