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Juiz aceita denúncia contra Dantas e mais 13 investigados

O juiz federal Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o banqueiro Daniel Dantas, controlador do grupo Opportunity, e outras 13 pessoas por lavagem de dinheiro, evasão d

A denúncia, oferecida no início deste mês, ligou o Opportunity ao suposto esquema do mensalão, afirmando que o grupo financiou o “valerioduto” quando controlava a Brasil Telecom. A acusação do MPF é resultado das investigações da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que prendeu Dantas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o investidor Naji Nahas.



Na denúncia, o procurador Rodrigo de Grandis citou sete ilegalidades supostamente praticadas nos últimos dez anos pelo banqueiro e por sua irmã, Verônica Dantas, pelo presidente do Banco Opportunity, Dório Ferman, e por mais 11 pessoas: Danielle Silbergleid Ninnio, que trabalha na área jurídica do banco; Norberto Aguiar Tomaz, Eduardo Penido Monteiro e Itamar Benigno Filho, diretores do Opportunity, Rodrigo Bhering Andrade, diretor de empresa ligada ao banco; Maria Amália Delfim de Melo Coutrim, conselheira de diversas empresas do grupo; Humberto Braz, ex-diretor da Brasil Telecom; Carla Cicco, ex-presidente da Brasil Telecom; Guilherme Henrique Sodré Martins e Roberto Figueiredo do Amaral, lobistas; e William Yu, consultor financeiro.



Inquéritos



O juiz Fausto de Sanctis também determinou a abertura de três inquéritos solicitados pelo MPF. Um deles busca aprofundar o suposto envolvimento do ex-deputado federal Luís Eduardo Greenhalgh com investigados pela Satiagraha. Ele foi citado como suposto defensor dos interesses de Dantas no governo.



Um grampo feito pela Polícia Federal (PF) teria gravado uma conversa telefônica do ex-deputado com o chefe-de-gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, que responde ter verificado as informações solicitadas pelo ex-deputado.



Os outros dois inquéritos sugeridos pelo MPF seriam para apurar especificamente crimes financeiros na aquisição do controle acionário da BrT pela Oi, e para investigar evasões de divisas praticadas por cotistas brasileiros do Opportunity Fund, com sede nas Ilhas Cayman, no Caribe.



Fonte: Terra