Cebrapaz: Obama continuará militarização do mundo

Para o presidente do Conselho da Paz dos EUA, Alfred Marden, “a luta contra as bases militares é uma luta antiimperialista”. Segundo ele, as bases do imperialismo americano são estabelecidas para garantir o suprimento constante de recursos para a economia norte-americana e, ao mesmo tempo, ter o controle de fornecimento de recursos energéticos para outros países.

Marden disse ainda que os EUA gastam 100 bilhões de dólares com a manutenção das bases, onde estão cerca de 160 mil soldados.

Segundo Rina Bertacini, do Movimento pela Paz, a Soberania e a Solidariedade entre os povos, da Argentina, existem hoje 700 bases norte-americanas pelo mundo, mas ela avalia que o número seja maior – cerca de 800 – pois muitas são disfarçadas e aparecem como sendo do exército local.

Rina falou sobre as diversas bases dos EUA na América Latina, como a de Honduras que foi usada como ponto de apoio dos Contras para derrubar o governo nicaragüense. A representante da Argentina elogiou o presidente do Equador Rafael Correa por não renovar o acordo de base dos EUA em seu país.

O jornalista Igor Fuser criticou a reativação da 4ª Frota dos EUA, o que para ele é injustificável: “aqui nunca houve uma presença naval formal, nem durante a Guerra Fria”.

Segundo ele, “até hoje os EUA não foram capazes de apresentar uma justificativa consistente para essa reativação”. Mesmo assim, segundo Fuser, “o contexto hoje é de declínio da influência dos EUA no plano global. Os últimos anos do governo Bush são marcados por um grande fracasso. Muitos chegam a falar em uma era pós-EUA, com a hegemonia exercida com muitos atores”.

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Por Marcos Pereira,
Do Rio de Janeiro
Foto: Vitor Vogel