Publicado 30/07/2009 11:55
1. A Folha traz uma denúncia de empréstimos do BNB (Banco do Nordeste do Brasil) à TV Mirante, dos Sarney. A dívida está sendo questionada na Justiça, devido às cláusulas de correção cambial. O empréstimo foi concedido pelo BNB na gestão Byron, indicado pelo senador Tasso Jereissatti e homem de confiança do Ministro da Fazenda Pedro Malan. Questionamento na Justiça significa o banco contra Sarney, não necessariamente irregularidades cometidas na concessão do empréstimo.
2. Todos esses vícios de Sarney fazem parte de usos e costumes do Legislativo. Praticamente todos os senadores foram beneficiados por nomeações de parentes e outras benesses do poder. Mas a campanha é focada nele, não nas saídas para reduzir esse tipo de vício das práticas políticas brasileiras.
3. O governo Sarney marcou o auge do poder de Roberto Marinho. Não havia uma indicação de ministro que não passasse por Marinho, conforme amplamente conhecido. Foi nesse período que a TV Mirante, de Sarney, conseguiu a concessão da Globo (assim como a TV de ACM). E a Globo conseguiu apoio irrestrito da Telebras.
4. No governo Sarney, a Folha se aproximou dele de tal maneira que lhe concedeu 20 anos de coluna no espaço nobre da página 2.
5. Agora que José Sarney ameaça renunciar, matéria da Folha mostrando a cúpula tucana (FHC, Serra e Aécio) tentando se aproximar dele. Renunciando, os ataques contra ele cessarão na hora, como cessaram contra Renan.
6. Em sua coluna de hoje, Clóvis Rossi fala em “um certo estilo de Máfia”. Coloco o raciocínio do Rossi, deixando entre parêntesis opções de personagens que se adequam ao raciocínio.