Juliano Roso apresenta moção de repúdio contra Jair Bolsonaro
O vereador Juliano Roso (PCdoB) de Passo Fundo protocolou no legislativo municipal uma moção de “repúdio ao Deputado Federal Jair Bolsonaro (RJ) pela ofensa aos mortos, parentes e correligionários mortos na guerrilha do Araguaia”. Requerendo que a mesma seja enviada a Câmara dos Deputados.
Publicado 31/07/2009 12:29 | Editado 04/03/2020 17:11
A Guerrilha do Araguaia foi um dos maiores movimentos de resistência a Ditadura Militar (1964-1985). Para a região do Araguaia se deslocaram mais de 80 militantes do PCdoB desde o final da década de 60. Muitos destes militantes eram médicos, jornalistas, engenheiros, estudantes líderes estudantis, sindicais, etc., buscavam a emancipação do povo pobre da região e estabelecer uma resistência às forças da Ditadura Militar que retiraram o presidente constitucional João Goulart.
Os combates se estenderam de 1972 até 1975 exigindo a maior movimentação militar feita pelo exército brasileiro após a II Guerra Mundial. Nenhum dos corpos dos guerrilheiros foi entregue às suas famílias. A ordem dos militares da época foi no sentido de apagar este episódio da história do Brasil como se este não existisse. Existe uma mobilização de diversos setores da sociedade brasileira exigindo a entrega dos corpos dos guerrilheiros a seus familiares.
Desde o final de maio, o Dep. Jair Bolsonaro fixou um cartaz na porta de seu gabinete em Brasília. No cartaz aparece a figura de um cachorro com um osso na boca e a frase "Desaparecidos da Guerrilha do Araguaia: quem procura osso é cachorro." Esta atitude gerou manifestações de diversas entidades e familiares de desaparecidos políticos. Essa atitude do deputado é uma total falta de respeito com todos os brasileiros e um desconhecimento de um importante episódio da história do Brasil, destaca o vereador Juliano Roso.