Retorno às aulas preocupa professores da capital

Em nota, a Secretaria de Educação (Smed) alega que o atendimento na rede municipal é diferenciado da rede estadual e não há razões para prorrogar a volta às aulas por causa da Gripe A. De acordo com a Smed, as escolas municipais estão bem preparadas.

Por outro lado, esta decisão preocupa professores e demais trabalhadores do setor na Capital. Isabel Letícia de Medeiros, diretora geral da Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (ATEMPA) alerta que os estudantes atendidos pela rede municipal estão mais vulneráveis ao progresso da doença, visto que habitam regiões carentes e menos atendidas pelos programas de prevenção.

“A gente tem recebido muitas ligações de professores e colegas preocupados com isso. Existe uma avaliação de que a escola é um espaço onde se facilita muito a transmissão (da gripe). O que acontece é que essas crianças, a grande maioria com problemas de deficiência alimentar e de saúde, não poderão ficar expostas a mais um risco”, afirma.

Isabel comenta que alguns professores se recusam a voltar para a sala de aula nesta segunda. Na tarde de sexta-feira (31), os diretores da rede escolar se encontram para avaliarem a situação.

“Tem uma escola que já se posicionou que não vai iniciar as aulas nesta segunda-feira feira (03), mesmo contrariando a decisão. Pois na região dessa escola existem muitas suspeitas de casos da nova gripe. A gente espera que os diretores também pressionem a secretária para que ela reverta a situação. Nós já encaminhamos um ofício junto com sindicato dos professores para a secretária, externado a nossa posição de que o melhor seria postergar o início das aulas para o dia 17”, detalha.

A rede estadual postergou o início do semestre letivo para o dia 17 de Agosto, juntamente com as universidades federais do estado e demais colégios particulares.

Fonte: Agência Chasque