Inácio pede manifestação do Mercosul por paz na região
O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) levará para a próxima reunião do Parlamento do Mercosul – agendada para o dia 17 de agosto – uma proposta de declaração para que o Parlamento manifeste repúdio ao golpe de Estado ocorrido em Honduras no dia 28 de junho. Esta é a primeira vez que os parlamentares do Mercosul se reúnem após o episódio do golpe. O Exército, sob ordens dos Poderes Judiciário e Legislativo, depôs o presidente Manuel Zelaya, que foi expulso do país e enviado à Costa Rica.
Publicado 05/08/2009 12:03
Inácio também vai propôr ao Parlamento do Mercosul que delibere sobre moção de protesto em relação ao aumento da presença militar dos Estados Unidos na Colômbia. “Nesse momento as nações que compõem a América do Sul devem se unir e defender o posicionamento de que a região continue sendo uma zona de paz no mundo”, alertou Inácio.
A utilização, por parte dos EUA, das bases de Palanquero, Apiay, Malambo, Cartagena e Málaga, localizadas em território colombiano, é considerada uma grave ameaça à segurança e à paz na América do Sul, podendo transformar a Colômbia em um verdadeiro centro de operações táticas norte-americano na região.
O acordo, que terá duração de 10 anos, permitirá aos Estados Unidos a manutenção de 1.400 homens, entre civis e militares na Colômbia e contará com investimentos na casa dos cinco bilhões de dólares. A Colômbia é hoje o quinto país em ordem de grandeza com o qual os EUA têm cooperação militar, ficando atrás somente de Israel, Iraque, Egito e Afeganistão.
O Governo brasileiro já manifestou que a presença militar estrangeira na América do Sul é condenável, relacionando o ato à criação da Quarta Frota e considerando as bases americanas uma ameaça direta à soberania brasileira, pela proximidade delas com a Amazônia.
De Brasília
Aline Pizatto