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Países membros da Unasul se unem na luta contra a Gripe A

O Conselho da Saúde da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), reunido hoje no Equador, anunciou que irá negociar em bloco a compra de vacinas e de outros insumos para enfrentar a gripe suína, ou Influenza A (H1N1).

Formado pelos ministros da Saúde dos 12 países-membros do bloco, o conselho discutiu ações conjuntas contra a propagação da doença na região.

Os Governos da Unasul reiteraram seu apoio à "liderança" da Organização Mundial da Saúde (OMS) para que negocie com "laboratórios e com os países de primeiro mundo que já têm a vacina", explicou a ministra da Saúde do Equador, Caroline Chang.

Os países também acordaram que o fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) irá representá-los nas negociações com os laboratórios produtores das vacinas, dos antivirais e de outros medicamentos, e se comprometeram a não negociar individualmente.

A região enfrenta dificuldades para adquirir vacinas contra a influenza A, já que os países desenvolvidos compraram grande parte das doses disponíveis. "Esses países dizem que irão vacinar 100% da população e isso debilita os que não têm a mesma oportunidade de negociação", reclamou Jeannette Vega, subsecretária da Saúde do Chile, um dos países mais afetados pela doença na América do Sul.

Os ministros de Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Paraguai, e os representantes de Brasil, Chile, Uruguai e México também ratificaram seu apoio à liberação das patentes das vacinas, caso isto seja necessário.

Segundo a OPS, até o último dia 31 de julho havia 98.179 casos da gripe A e 1.008 mortes em todo o continente americano. Na América do Sul, além de Chile (com 11.860 casos), a Argentina (4.895) e o Peru (3.559) são os mais afetados.

A reunião ministerial, que não contou com a participação de Venezuela, Suriname e Guiana, foi realizada dois dias antes da Cúpula de Chefes de Governo da Unasul, que ocorrerá na próxima segunda-feira. Na ocasião, o Equador assumirá a presidência rotativa do organismo, atualmente presidido pelo Chile.

Fonte: Ansa Latina