Chávez conversa com Zelaya sobre resistência

“Veja, Zelaya, a esta altura teu retorno já não é o mais importante”, comentou, contando o que falou ao presidente durante uma conversa mantida pelos dois recentemente.

Chávez pontuou que a restituição de Zelaya ao poder “é importante do ponto de vista da dignidade, da ética e da recuperação do caminho que foi desmoronado por uma interrupção da ditadura”, mas não é importante do “ponto de vista histórico”.

“Em Honduras está começando o processo (de mudanças), tudo o que vai ocorrer debaixo do sol tem sua hora. Não creio que império algum, nem ‘Goriletti’ algum (nome usado por Chávez para se referir ao presidente gorila de Honduras, Roberto Micheletti), vão frear a consciência do povo, que está se despertando em sintonia com os demais povos do continente”, disse.

Para Chávez, “analisando-se a situação a partir da perspectiva a longo prazo”, o golpe de Estado iniciou este processo de mudança, que de qualquer modo terminará com a consolidação de uma democracia.

O presidente da Venezuela comparou o golpe com a onda de protestos que ocorreram em Caracas em 1989 contra políticas neoliberais adotadas pelo governo de Carlos Andrés Pérez.

Segundo Chávez, o movimento, conhecido como “Caracazo”, foi um dos propulsores para sua chegada ao poder.

Fonte: Blog O Outro Lado da Notícia