Modelo de leilões do setor elétrico: mais caro e mais sujo
Ano passado, o modelo de leilões para o setor elétrico causou um prejuízo ao país, a ser coberto pelos consumidores, da ordem de R$ 2 bilhões, causado pela entrada em operação de usinas termelétricas, mesmo com os reservatórios das hidrelétricas cheios. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) autorizou o acionamento das usinas térmicas – mais caras e poluidoras – mas o engenheiro e consultor Paulo Ludmer não culpa o ONS.
Publicado 04/09/2009 15:30
"Essa distorção é fruto das regras erradas e não da avaliação do ONS. E o primeiro erro da regra é deixar a conta exclusivamente para o consumidor", frisou Ludmer. O engenheiro lamentou que somente agora o governo tenha percebido a importância das usinas eólicas, "que limpam o sistema e o socorrem com um custo menor que o das térmicas (economia de R$ 300 o mgw/hora)".
Ludmer acrescentou que, no próximo dia 25 de novembro, haverá leilão para energia das eólicas. Além de punir os contribuintes, o modelo do setor elétrico, observa, se rende às dificuldades criadas pelo Ministério Público e pelos ambientalistas, contrários à construção de hidrelétricas.
"Isso forçou a opção por termelétricas, cujos contratos têm períodos de 20 anos. Agora elas cada vez ganham mais importância", disse.
O engenheiro destacou ainda, que desde 1986, os reservatórios das hidrelétricas não foram expandidos, enquanto a economia do país e a população continuam crescendo.
A informação é do Monitor Mercantil