Ricupero: propostas do G20 não saíram do papel
O ex-secretário-geral da Conferência das Nações Unidas Sobre o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) Rubens Ricupero se diz cético em relação ao resultados da próxima reunião do G-20 — que reúne os principais países do mundo e os maiores emergentes — que, começa nesta sexta-feira feira, em Londres.
Publicado 04/09/2009 15:23
A maioria dos europeus defende mais regulação, mas enfrentam a resistência dos EUA e da Inglaterra. Ricupero lembra que, as outras reuniões do grupo, a exemplo de outros encontros internacionais, tiveram agendas ambiciosas, mas pouco foi efetivado. "Nenhum desses documentos tem força efetiva, inclusive o do G-20", disse.
Segundo Ricupero, as medidas sugeridas teriam de se transformar em decisões de FMI, Basiléia e Banco Mundial (Bird), "mas até agora foi muito pouco o que efetivamente ocorreu". Na primeira reunião, a emergência imposta pela crise prevaleceu sobre os diversos desentendimentos entre os países e o encontro terminou com o anúncio da surpreendente cifra de US$ 1,1 trilhão para as instituições financeiras multilaterais.
Ele ressalta, porém, que a maioria das medidas enfrentou resistência interna nos países: "Nos EUA, demorou-se muito no encaminhamento da regulamentação ao Congresso e a proposta enfrenta a pressão dos bancos e do setor financeiro em geral."
Com agências