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G-20: Brasil discorda de plano dos EUA para economia global

O Brasil disse nesta terça-feira que não concorda com um plano dos EUA para balancear a economia global porque não está claro como o G-20 supervisionaria o desempenho econômico de seus membros.

Um documento com a posição dos EUA antes da reunião do G-20 em Pittsburgh, entre 24 e 25 de setembro, pede aos países exportadores que consumam mais, enquanto credores como os EUA devem economizar.  O rascunho da proposta deixa para que o Fundo Monetário Internacional (FMI) reflita se os países-membros são consistentes com um crescimento equilibrado. "Essa proposta é obscura e não concordamos com ela", disse o ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, em Nova York.

Mantega disse que o FMI já monitora a performance econômica de seus membros por meio de revisões regulares do Artigo 4º. "Então, já temos esse monitoramento. Não entendemos essa proposta e eu pedi explicações do Departamento do Tesouro dos EUA, mas eles não deram mais detalhes sobre como elaboraram esse monitoramento", disse Mantega. O ministro argumentou que cada país tem de ajustar suas políticas monetária e fiscal de acordo com sua realidade, e que revisões econômicas periódicas já acontecem.

Mantega disse também que o G20 deverá focar no monitoramento do sistema financeiro, conduzindo testes de estresse para determinar se os bancos precisam de capital adicional. "Essa é a nossa proposta para a regulação do sistema financeiro", disse. O ministro acrescentou que o Brasil irá instar o G20, que inclui os principais países ricos e em desenvolvimento, a manter suas medidas de estímulo econômico por mais tempo.

Com agências