Sem categoria

Hamas aceita Estado palestino com fronteiras de 1967

O deposto primeiro ministro da Autoridade Nacional Palestina pela Movimento de Resistância Islâmica (Hamas), Ismail Haneya, enviou na terça-feira (22) uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, dizendo que seu governo apoia os esforços para estabelecer um Estado palestino.

Na carta dirigida a Ban, Haneya disse que seu governo "alenta e apoia cada passo que leve ao estabelecimento de um estado palestino independente nos territórios ocupados por Isral em 1967".

A carta de Haneya, que também foi enviada à imprensa, foi endereçada a Ban pouco antes do início das reuniões da Assembleia Geral da ONU em Nova York.

"Não obstruiremos nenhum esforço para obter o estabelecimento de um Estado palestino livre e independente, segundo as fronteiras de 1967, com Jerusalém como capital", disse Haneya.

O Hamas, fundado no final de 1987 em Gaza, já convocou os palestinos a destruir o estado sionista e estabelecer no seu lugar um estado islâmico nas terras dos palestinos. O Hamas repudia reconhecer Israel.

Israel e Estados Unidos devem tomar maior responsabilidade para promover o processo de paz no Oriente Médio, disse Haneya em sua carta.

Continuou dizendo que "embora os palestinos aceitem a solução de dois estados, baseada em outorgar seus direitos aos palestinos, principalmente aos refugiados, Estados Unidos e Israel não estão dando aos palestinos o que eles querem".

Ao mesmo tempo, Haneya se referiu ao sofrimento da população da Faixa de Gaza, dizendo que "eles estão vivendo sob um estado de sítio e ainda estão esperano as promessas de reconstruir Gaza e reconstruir seus lares, os quais foram destruídos por Israel".

Haneya pediu a Ban Ki-moon e à comunidade internacional para reconhecer o seu governo, o qual foi "eleito de maneira democrática e represente os palestinos", agregando que se deve levantar o sítio e o bloqueio.

O Quarteto Internacional, formado por Estados Unidos, União Europeia, ONU e Rússia, impôs um bloqueio ao Hamas, que venceu as eleições de 2006, depois de o Hamas se negar a reconhecer Israel e acordos de paz interinos assinados, assim como "condenar a violência".

Fonte: Xinhua