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Trem-bala: começa a corrida por parceria

Com a divulgação, no começo do mês, da modelagem econômico-financeira do Trem de Alta Velocidade (TAV), foi dada a largada para os países detentores de tecnologia para o trem-bala buscar parceiros brasileiros.

O próprio governo tem se esforçado para fazer essa ponte. Na semana passada, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promoveu um evento voltado às empreiteiras nacionais, que também contou com a participação de representantes de investidores externos.

No encontro do último dia 16, que reuniu 89 participantes de cerca de 20 construtoras, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, detalhou as informações técnicas referentes ao projeto, como o estudo de demanda, o traçado da linha férrea e a modelagem econômico-financeira.

O governo vai financiar via BNDES cerca de 60,4% do projeto de R$ 34,6 bilhões. Outros R$ 3,397 bilhões poderão ser pagos com recursos do Eximbank, completando a participação de 70% de dinheiro público no projeto.

Além disso, o governo brasileiro assumirá gastos com desapropriação, isentará o vencedor do leilão de impostos e injetará R$ 1,13 bilhão na operadora do TAV Brasil, que ficará responsável pela recepção da tecnologia do trem de alta velocidade.

Modelagem

Alemanha, França, Coreia, Japão, Espanha, China e Itália já iniciaram a bateria de reuniões com construtoras brasileiras – a disputa por parcerias deve ficar circunscrita às construtoras de maior porte, como Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e Mendes Júnior.

"O que faltava para o início das conversas entre investidores e parceiros potenciais era a modelagem financeira, que veio extremamente favorável, com ótimas condições de financiamento", afirmou o presidente da Asian Trade Link (ATL), Marco Polo Leite, responsável pela ponte entre o empresariado chinês e o governo brasileiro.

A informação é do Monitor Mercantil