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Eleições 2010: prazo final atrai atenções para Ciro e Meirelles

Esta semana termina o prazo para que os políticos que vão disputar as próximas eleições mudem de domicílios eleitorais e de partidos políticos. Pela lei eleitoral, os políticos devem estar filiados ao partido e com domicílio registrado no local onde pretendem concorrer um ano antes da realização do pleito. As atenções se voltam para dois importantes personagens: o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE). O prazo termina nesta sexta-feira (2).

A escolha de domicílio Ciro Gomes sinaliza seu destino eleitoral. Ciro deve mudar seu domicílio eleitoral para São Paulo, mesmo já tendo deixado claro que deseja concorrer à Presidência da República. Se houver uma reviravolta nos planos, ele pode concorrer ao governo do Estado em aliança com o PT, como deseja o presidente Lula e uma parcela da cúpula do partido.

A expectativa com relação a Meirelles é de filiação ao PMDB, pelo qual sairia candidato ao Senado numa chapa encabeçada pelo atual prefeito de Goiânia, Íris Rezende (PMDB), que disputaria o governo de Goiás. Meirelles também recebeu convites do PTB e do PP. Como Meirelles deve permanecer alinhado ao governo federal, descarta-se a hipótese de ingressar no PTB que em Goiás é aliado do PSDB e DEM.

Os ocupantes de cargos públicos que vão concorrer às eleições de 2010 devem se desincompatibilizar dos cargos em abril do próximo ano, como é o caso do Presidente do Banco Central.

No Senado, que renova 2/3 de suas vagas nas eleições de 2010, houve várias trocas. O pequeno PSC, recebeu em seus quadros dois nomes conhecidos no cenário nacional: o senador Mão Santa (PI) e o ex-senador e ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz. Ambos trocaram o PMDB pelo partido cristão. Mão Santa será o primeiro senador da legenda.

Mais dois senadores devem anunciar filiação a novos partidos até o próximo dia 2. Valter Pereira, do PMDB de Mato grosso do Sul, que se desentendeu com o governador do seu estado, o peemedebista André Puccinelli, deve sair do Partido. O ex-petista Flávio Arns (PR) também precisa anunciar filiação a uma legenda. Ambos receberam convites dos tucanos.

O senador Expedito Júnior (RO) deixou o PR da base governista para ingressar no PSDB. Expedito teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ordenou a posse do segundo colocado nas eleições, filiado ao PDT. Mas o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), recusou-se a empossar o pedetista sob argumento de esperar o julgamento de recurso de Expedito no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na Câmara, o deputado Sílvio Costa (PE) trocou o pequeno PMN pelo PTB. Costa assumiu uma cadeira na Câmara como suplente do ministro do Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, que pertence ao PTB. Múcio não retornará ao Parlamento porque vai tomar posse como ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

De Brasília
Com agências