Palocci volta a ser cogitado para o governo paulista
Com o fim do prazo de definição do domicílio eleitoral e de filiação partidária, nesta sexta-feira (2), o deputado Antônio Palocci (PT-SP) volta a ser cogitado para disputar o governo paulista em 2010. A direção estadual do PT trabalha com outros nomes, mas tende a se fixar em Palocci tendo em vista o potencial de crescimento da sua candidatura. Ele aparece nas pesquisas com índices de intenção de votos em torno de 7%, mas ainda é desconhecido por mais da metade do eleitorado de São Paulo.
Publicado 30/09/2009 16:57
A ex-prefeita Marta Suplicy obtém índices superiores ao de Palocci, mas depois de duas derrotas consecutivas em eleições majoritárias para o governo e a prefeitura no ano passado, quando nem chegou ao segundo turno, ela não deseja fazer uma nova tentativa. Marta apoia Palocci e se inclina a recomeçar a trajetória eleitoral disputando uma vaga de deputado federal.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, o prefeito de Osasco, Emídio Souza e o deputado Arlindo Chinaglia também são pré-candidatos, mas não se mostram competitivos nas pesquisas.
O nome de Palocci passou a ser considerado diante do direcionamento de Ciro Gomes (PSB-CE) para a corrida presidencial. O presidente Lula ainda aguarda que Ciro Gomes transfira seu domicílio do Ceará para São Paulo, a fim de liderar uma coalizão de esquerda com o PT, o PCdoB e o PDT. Nessa hipótese, a cogitação de nomes do PT perderá força. Ciro resiste que o racha no campo governista representa uma chance clara de ir ao segundo turno, quando terá o apoio do PT e dos demais partidos da atual coalizão governista.
O comando regional e as bancadas de deputados e senadores do partido devem se reunir na próxima segunda-feira (5) para definir a estratégia à sucessão do governador José Serra, caso ele seja escolhido pelo PSDB para disputar a eleição presidencial, e referendar as pré-candidaturas ao governo estadual que se apresentarem.
Os petistas trabalham com esta hipótese como a mais provável. De qualquer modo, o partido deve considerar também a probabilidade de o candidato tucano ser Aécio Neves e Serra fique no cargo para disputar a reeleição.
Agência Estado